Redução do IPI

O ministro Guido Mantega afirmou que as medidas tomadas pelo governo como forma de incentivo ao consumo devem terminar neste ano, conforme o previsto. Com isso, fica descartada a possibilidade de prorrogação do desconto no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os setores automotivo e de eletrodomésticos da linha branca.

“Vamos manter as datas que foram estabelecidas porque nosso objetivo, quando reduzimos o IPI, era dar impulso à economia. Quando a economia retorna ao crescimento, ganha velocidade, não é preciso continuar com certos estímulos”, disse o ministro, em São Paulo, em coletiva sobre o crescimento do PIB, na última sexta-feira.

Mantega ressaltou, no entanto, que os “estímulos monetários” vão permanecer, destacando o papel do Banco do Brasil, que “vai continuar baixando as taxas de juros e aumentando o volume de crédito”. Os fundos garantidores, que viabilizam o crédito para as micro e pequenas empresas, também serão mantidos.

Segundo o ministro, uma das vantagens do Brasil, em relação ao desempenho de outros países diante da crise, é ter um mercado interno forte. “Não houve retração do consumo em nenhum momento. Houve desaceleração”, afirmou.

A redução do IPI foi aplicada para veículos novos e, depois de algumas prorrogações, subirá gradualmente a partir do próximo mês.

Também houve prorrogação do IPI reduzido para caminhões, eletrodomésticos e materiais de construção. Trigo, farinha, pão francês e bens de capital também foram beneficiados.

Para a linha branca, cuja medida acabaria em julho, a isenção de IPI valerá até outubro. Para caminhões e materiais de construção, o imposto menor vigora até o fim do ano.

Vendas

Com o fim da redução do imposto para os automóveis, a expectativa das concessionárias é de um forte incremento nas vendas nesse mês, com a possível redução nos meses seguintes, em comparação com setembro. No caso dos carros 1.0, a alíquota, que estava zerada, sobe para 1,5% em outubro, dobra em novembro, passando para 5% em dezembro, até retornar aos originais 7% em janeiro de 2010. Isso já se mostra motivo suficiente para que muitos interessados em um automóvel novo corram para as concessionárias até o fim de setembro.

UNOPress

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