Jaraguá do Sul realiza campanha contra violencia sexual infantil

Jaraguá do Sul – A Prefeitura de Jaraguá do Sul, através da Secretaria da Assistência Social, está realizando uma campanha contra a violência sexual infantil no mês em que se comemora o Dia Nacional de Enfrentamento à Violência, Abuso e Exploração Sexual Infanto-juvenil, 18 de maio. Neste ano, a mobilização está sendo feita através dos veículos de comunicação da região. No total, foram 15 outdoors, 300 camisetas, 300 cartazes e anúncios em jornais impressos da região. Amanhã (18), as rádios da região também divulgam o tema da campanha municipal: “Tem criança e adolescente que vira brinquedo de adulto. Abuso sexual não tem graça”. O investimento na campanha passa de R$ 40 mil, recurso do governo federal administrado pelo Fundo Municipal da Assistência Social.

A campanha tem por objetivo mobilizar e conscientizar a sociedade para o enfrentamento à violência sexual infanto-juvenil. De acordo com a diretora de Proteção à Criança e ao Adolescente, Tatiana Uber, a campanha é permanente e acontece através da rede de atendimento às crianças e aos adolescentes (Conselho Tutelar, programas da Assistência Social, Ministério Público) com a conscientização da comunidade sobre como prevenir e como denunciar casos de abuso sexual infantil. Em Jaraguá do Sul, desde 2006, mais de 464 casos de violência sexual infantil já foram registrados. Só neste ano, mais de cem casos são acompanhados pelo serviço de enfrentamento à violência sexual infantil.

Por que 18 de maio?

O dia 18 de maio foi criado como Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantojuvenil em 1998, quando cerca de 80 entidades públicas e privadas reuniram-se na Bahia na luta pelo fim da exploração sexual e comercial de crianças, pornografia e tráfico para fins sexuais.

A data foi escolhida para marcar o sequestro da menina Araceli Cabrera Sanches, em 18 de maio de 1973. A menina de oito anos foi drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradicional família capixaba. A família da menina se silenciou diante do crime e sua mãe foi acusada de fornecer a droga para pessoas influentes da região, inclusive para os assassinos.

Apesar da cobertura da mídia e do especial empenho de alguns jornalistas, o caso ficou impune. A morte de Araceli, contudo, ainda causa indignação e revolta. O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes vem manter viva a memória nacional, reafirmando a responsabilidade da sociedade brasileira em garantir os direitos de todas as suas Aracelis.

UNOPress

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