Joinville – Os Ciclos de Cinema do mês de outubro dão um salto das animações, pra gende grande, para os conflitos civis e guerras mundiais. O ciclo "Faces da Guerra" apresenta o olhar cinematográfico das razões que levam as sociedades às guerras. Selecionados de uma vasta lista, as produções retratam duas guerras mundiais, os conflitos civis de EUA, Espanha e Nicarágua, assim como as revoluções.
Para abrir a programação, nesta sexta-feira (1º/10) foi escolhida a produção "Sem novidade no front". O filme é uma adaptação do livro homônimo do escritor alemão Erich Maria Remarque de 1929. A história narra a trajetória de sete estudantes patriotas alemães que se apresentam como voluntários para o serviço militar em plena Primeira Guerra Mundial. No sábado (2/10), o filme "A grande ilusão" continua falando sobre a primeira guerra, numa época em que ela não era conhecida como tal e a sombra de Hitler já começava a amendrotar meio mundo.
Os Ciclos de Cinema são exibidos nas sextas-feiras e sábados, sempre às 19h15 no Museu Arqueológico de Sambaqui. A entrada é aberta ao público e gratuita. Confira a classificação indicativa de cada filme.
Sinopse dos filmes:
01º/10 – Sem novidades no front (All quiet on the western front) de Lewis Milestone. EUA, 1930, p&b, 133min. Com Louis Wolheim, Lew Ayres, John Wray, Arnold Lucy, Ben Alexander, Scott Kolk, Owen Davis Jr., Walter Rogers, William Bakewell, Russell Gleason, Richard Alexander, Harold Goodwin, Slim Summerville, G. Pat Collins.
Adaptação do livro homônimo do escritor alemão Erich Maria Remarque, publicado em 1929, "Sem novidade no front" narra a trajetória de sete estudantes patriotas alemães que se apresentam como voluntários para o serviço militar em plena Primeira Guerra Mundial. Considerado o primeiro grande filme pacifista da história do cinema, mostra a loucura e a futilidade da guerra.
As cenas de guerra nas trincheiras são retratadas de forma brilhante e dolorosa. Mesmo muitos anos após o seu lançamento, continua sendo um tema atual e dominante nos países que sofreram e sofrem com a guerra. Como aconteceu depois com o livro – que acabou proibido pelo governo nazista e incluído entre as obras queimadas publicamente em 1933 – a estreia de "Sem novidade no front" na Alemanha foi interrompida por gangues nazistas e, considerado antigermânico pelo ministro da propaganda, Josef Goebbels, o filme foi proibido no país por 20 anos e só nos anos 60 é que pôde ser exibido na França.
02/10 – A grande ilusão (La grande illusion) de Jean Renoir. França, 1937, p&b, 113min. Com Jean Gabin, Dita Parlo, Pierre Fresnay, Erich von Stroheim, Julien Carette, Georges Péclet, Werner Florian, Jean Dasté, Sylvain Itkine, Gaston Modot, Marcel Dalio.
Considerado pela crítica em geral um dos mais importantes filmes franceses de todos os tempos e um dos mais importantes de qualquer nacionalidade, "A grande ilusão" inspirou inúmeras obras posteriores. Fala da Primeira Guerra Mundial numa época em que ela não era conhecida como tal – 1937 – e a sombra de Hitler já começava a amedrontar meio mundo. Em 1916, dois aviadores franceses, o Capitão Boieldieu e o Tenente Maréchal, são capturados pelos alemães, depois que seu avião é abatido pelas forças inimigas.
No campo de prisioneiros de guerra para oficiais, eles travam conhecimento com outros oficiais, franceses, ingleses e russos, entre os quais se acha o Tenente Rosenthal, filho de uma família de ricos banqueiros judeus e que, ironicamente, havia adquirido o castelo que pertencera à família de Boieldieu. Depois de algumas tentativas de fuga, às vésperas de concluírem um túnel que lhes proporcionaria a liberdade, o grupo é transferido para uma Fortaleza, de onde fugir é teoricamente impossível. A nova prisão é comandada pelo aristocrata oficial alemão, Capt. von Rauffenstein. Este se mostra simpático a Boieldieu, por ser também de origem aristocrática, mas aréchal e Rosenthal continuam alimentando a ideia fixa de fugir.
AI/Redação 24 horas