Governadores de estados da Amazônia pedem incentivos para aviação regional

Macapá – Para estimular o trânsito aéreo de moradores dos estados da Amazônia dentro da própria região, os governadores do Acre, do Amapá, do Amazonas, de Mato Grosso, do Maranhão, do Pará, de Rondônia, de Roraima e do Tocantins vão pedir ao governo federal apoio para a definição de uma política de aviação regional.

Segundo o governador do Amapá, Waldez Góes, além dos altos preços cobrados pelos voos entre as cidades amazônicas, não há voos diretos para algumas delas, apesar da proximidade. De Manaus para Macapá, por exemplo, obrigatoriamente, o passageiro tem de fazer uma conexão em Belém, ou, dependendo do voo, até em Brasília, antes de chegar ao destino.

“Isso cansa o passageiro e o desgasta muito durante a viagem. Além disso, os altos preços inviabilizam o turismo em muitas áreas da Amazônia”, destacou Góes.

Waldez Góes disse à Agência Brasil que uma das ideias é reduzir os preços das passagens de avião que, em alguns casos, entre cidades de um mesmo estado, chegam a ser mais altos que os dos voos entre as capitais desses estados e outras regiões do país. O governador sugeriu também o uso de aviões menores, para redução de custos, e a criação de novas linhas.

A proposta para definição de uma política de aviação regional voltada para a Amazônia também será tratada amanhã (16), em Macapá, durante o 6º Fórum de Governadores da Amazônia Legal. O evento será o último do ano entre os governadores da região para alinhar os assuntos que os estados da Amazônia querem apresentar, por meio do governo brasileiro, na Conferência das Partes (CPO-15), em dezembro, em Copenhague.

De acordo com as decisões que vierem a ser tomadas na Dinamarca, o Brasil poderá ter que colocar em prática ações relacionadas aos acertos feitos. No caso da Amazônia, uma das reivindicações é incluir a região no mercado de créditos de carbono, além da criação de opções para o estabelecimento de um fundo mundial para financiamento de políticas de desenvolvimento sustentável aos nove estados da região.

A evolução das discussões sobre a questão das mudanças climáticas encontra viabilidade nas reuniões das Conferências das Partes, que são convocadas anualmente. A primeira foi em Berlim, em março de 1995.

“Os governadores da Amazônia defendem modelos de desenvolvimento diferentes dos que predominam no mundo. Temos condições de criar modelos que gerem oportunidade para os quase 25 milhões de pessoas que vivem nesta região, sem, com isso, sermos poluentes”, finalizou o governador do Amapá.

Amanda Mota/ABr

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