Quem tem o hábito de comer Fast food deve saber que esta escolha alimentar altera seu DNA e passa esta alteração para seus descendentes, alerta o Medical Daily.
Na próxima vez que pedir um BIG “qualquer coisa” com porção de batatas fritas ou um sundae saiba que você está alterando seu DNA e passando para seus filhos e netos.
Cientistas alertam que comer compulsivamente Fast Food* ou Junk Food – comida lixo em inglês – cria cicatriz no DNA de uma pessoa.
A nova pesquisa revela que a má alimentação e hábitos alimentares pouco saudáveis passam como uma marca ou cicatriz no DNA para próxima geração. E, se uma dieta pobre – Fast fooD – se torna um hábito regular, as escolhas alimentares tornam-se codificada no DNA e danificam o microbioma do intestino, ou seu ambiente, também alerta o Medical Daily.
Você pode estar alterando seu DNA e da sua descendência
O estudo foi publicado no Nutrition Journal que descobriu que comer Fast Food pode levar a um maior risco de câncer, inflamação, infecções e reações alérgicas.
Parece que tudo já foi dito sobre Fast Food não tinha sido claro o suficiente, mas a mensagem agora é mais clara: NÃO CONSUMA!
A maioria das pessoas de culturas modernas se recusam a reconhecer qualquer conexão entre o alimento que ingerem, o seu estilo de vida e sua saúde. E eles podem fazer isso, porque os efeitos são cumulativos e na maioria das vezes os resultados chegam atrasados.
Quando a gente armazena toxinas suficientes para formar o câncer em nosso corpo, o primeiro pensamento que vem à mente é “eu tenho que vencer este câncer”, e nunca pensamos “a comida que eu comi e o estilo de vida que eu tive foram ruins, eu tenho que começar tudo de novo e curar o meu corpo e a minha mente“.
Desta forma o foco principal é “vencer” algo externo, uma doença que caiu sobre nossas cabeças “sem motivo”, do nada (como a medicina convencional nos faz acreditar), e não uma causa interna, com base em nossas próprias ações e escolhas que fazemos diariamente ao longo da vida.
Esta mentalidade permite encontrar facilmente desculpas que validam o nosso comportamento alimentar, sem ter em conta o efeito negativo enorme que a indústria de Fast Food tem sobre a raça humana.
E estes alimentos processados, alimentos tóxicos podem vir de várias formas e tamanhos: desde jantares embalados, caixas de cereais, fábricas de carne vermelha e frango, laticínios pasteurizados, natas, alimentos transgênicos, doces e até mesmo comer germinados, secos, desidratados, enlatados, fermentados, legumes e nozes.
Alguns de nós estão despertando agora para esta conexão. Eles vêem e entendem que você é o que você come.
Mas você já se perguntou … Por que é que é ruim comer Fast Food ou Junk Food?
Para explicar de forma simples, a comida vai até o seu DNA. E aqui estão os fatos científicos:
1. A conexão entre alimentos e genes alterados em humanos
O que comemos e ao que estamos expostos no nosso ambiente afeta diretamente o nosso DNA e sua expressão. Fatores epigenéticos (“fora do controle do gene”) estão direta e indiretamente influenciados pela presença ou ausência de nutrientes essenciais na dieta, bem como a exposição a toxinas, produtos químicos, patógenos e outros fatores ambientais.
O material genético que uma mãe transmite para o bebê é composta de fatores muito complexos, mas todos eles caem em respostas a estas perguntas simples: O que a mãe come? Qual era o seu estilo de vida? Quais foram os seus problemas de saúde?
Em seu livro Nutrição Profunda, Catherine Shanahan, MD fala sobre como os genes são afetados pelos alimentos que comemos:
“Pesquisadores epigenéticas estudam como os genes reagem ao nosso comportamento, e eles descobriram que quase tudo o que comemos, pensamos, respiramos, ou não podem, direta ou indiretamente, escorrerem para tocar o gene e afetar seu desempenho de alguma forma. (…) Não só o que comemos nos afeta até o nível dos nossos genes, os nosso físico foi esculpido, em parte, pelos alimentos que nossos pais e avós comiam (ou não comem) gerações atrás. (…)
A literatura antropológica está cheia de provas e descobertas que apontam modificação do esqueleto ao longo do tempo para mudanças na dieta. Rosto estreito, mandíbula pequena, dentes tortos, lábios, ossos finos, achatados características podem ser observadas em todas as gerações modernas. E a desproporcionalidade desativa a capacidade do corpo para funcionar corretamente.
2. A conexão entre alimentos e genes alterados em animais
Nossos antepassados escolheram a sua comida baseados em: solo bom, animal saudável, recém colhido. Não era o mais barato, o mais rápido ou o mais conveniente. E esta foi a razão pela qual eles se mantiveram saudáveis, ficando ligados à terra.
Não é mais o caso hoje em dia. A surpreendente conclusão foi tirada em um estudo publicado no British Journal of Nutrition sobre frangos alimentados com ração e frangos alimentados organicamente. Parece que os frangos alimentados organicamente desenvolvem um processo diferente da expressão de genes nos seus intestinos delgados do que a de galinhas que recebem alimentos com ração.
“O resultado é que os genes responsáveis pela criação de colesterol têm um maior expressão em frangos alimentados organicamente, mas estas aves não têm níveis elevados de colesterol no sangue. Os pesquisadores ficaram surpresos ao descobrir que as diferenças simples em métodos de cultivo pode ter um resultado tão drástico na forma como galinhas processam seus alimentos e expressá-lo em seus genes. Dr. Astrid de Greeff, pesquisador Agropecuária e seus colegas vieram a descobrir que 49 genes acabaram regulando de forma diferente no grupo orgânico.”
Muitos podem não sentir os efeitos negativos da Junk Food em futuro próximo. Alguém pode até mesmo ser um dos sortudos que têm genes mais fortes, mais saudáveis e sentir-se relativamente bem até a idade mais avançada. Mas no fim, isso não significa que seus descendentes estarão com DNA intactos.
Mauro Queiroz
UNOPress
Fonte:
Nutrition Journal
Livro: Shanahan, Catherine. Nutrição profunda
Huff, Ethan. Frangos orgânicos são geneticamente diferentes
Sikkema, Albert. Alimentação orgânica influencia a expressão do gene em frangos
Fast Food (traduzido do inglês, significa “comida rápida”) ou, em Portugal, também comida pronta, é o nome genérico dado ao consumo de refeições que podem ser preparadas e servidas em um intervalo pequeno de tempo. São comercializados, desta maneira, sanduíches, pizzas e pastéis (no Brasil), entre outros.
Aplica-se comumente à comida vendida em lojas pertencentes às grandes redes de alimentação como McDonald's, Burger King, Pizza Hut, Telepizza, Bob's, Habib's, entre outros. O mesmo alimento, que, por vezes, é vendido como refeição rápida, pode também ser consumido em restaurantes.
Junk Food (“comida lixo”, numa tradução literal do inglês), também coloquialmente, “porcaria” ou “besteira”, é uma expressão pejorativa para “alimentos com alto teor calórico, mas com níveis reduzidos de nutrientes”. Acredita-se que a expressão tenha sido criada por Michael Jacobson, diretor do Center for Science in the Public Interest, em 1972. Desde então, seu uso tornou-se disseminado.
A Junk Food contém freqüentemente altos níveis de gordura saturada, sal ou açúcar e numerosos aditivos alimentares tais como glutamato monossódico e tartrazina; ao mesmo tempo, é CARENTE de proteínas, vitaminas e fibras dietéticas, entre outros atributos saudáveis.
Popularizou-se entre os fabricantes porque é relativamente barata de produzir, possui prazo de validade prolongado e pode nem mesmo precisar de refrigeração (caso dos salgadinhos industrializados).
Mundialmente, o consumo de Junk Food food tem sido associado à obesidade, doenças coronarianas, diabetes tipo 2, hipertensão e cáries. Há também preocupações quanto ao marketing direcionado para crianças.