As baixas temperaturas são desfavoráveis à dispersão dos poluentes emitidos pelos automóveis.Nessa época do ano, três fatores prejudicam a saúde da população: o frio, a baixa umidade e a poluição atmosférica. Outro fenômeno bastante comum em regiões metropolitanas como a de São Paulo, é a inversão térmica. Pelas manhãs, o ar quente presente nas altitudes impede a subida do ar frio, juntamente com os poluentes contidos nele, como a fuligem dos carros. Assim, a poluição fica em contato mais direto com a população.
Um estudo da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo de São Paulo, realizado na cidade de São Paulo, mediu o índice de emissões de poluentes por tipo de fonte, sendo elas: veículos leves, veículos pesados e processos industriais. O estudo concluiu que entre os gases tóxicos como o monóxido de carbono (CO), os hidrocarbonetos (HC) e os óxidos de nitrogênio (NOx), os automóveis são os maiores poluidores com 77% em média, contra 5% dos processos industriais.
O elevado índice de veículos com emissões não controladas tem impacto ambiental negativo, especialmente em regiões com grandes frotas, como é o caso da Região Metropolitana de São Paulo, onde para cada 100 carros 37 deles rodam com catalisadores falsos ou inoperantes, segundo pesquisa divulgada em 2007 pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) em parceria com a Mastra, fabricante de Escapamentos e Catalisadores e a Umicore, fornecedora de cerâmicas.
A qualidade do ar urbano tem causado sérios problemas à qualidade de vida nas grandes cidades. A emissão excessiva de poluentes provoca sérios danos à saúde, como problemas respiratórios – bronquite crônica e asma, alergias, lesões degenerativas no sistema nervoso ou em órgãos vitais e até câncer.
A poluição provocada pelos automóveis é responsável indireta pela morte de quase 20 pessoas por dia na região metropolitana de São Paulo, segundo o Laboratório de Poluição Atmosférica da Faculdade de Medicina da USP. A taxa é quase o dobro da média de 2004, de 12 mortes por dia por doenças cardiorrespiratórias. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
A partir de 1992 os catalisadores tornaram-se itens obrigatórios em veículos de passeio, com o objetivo de transformar mais de 90% desses gases tóxicos em gases inofensivos. A Mastra Escapamentos e Catalisadores, líder em tecnologia para sistemas de exaustão, alerta que o uso de catalisadores ameniza a emissão de poluentes pelos veículos em funcionamento, pois tem o objetivo de transformar grande parte dos gases tóxicos emitidos pelo motor em gases inofensivos à saúde das pessoas.
“O não uso do catalisador, além de causar danos mecânicos ao carro, prejudica a saúde do proprietário e de toda a sociedade, pois não cumpre suas funções de neutralizar a emissão de gases produzidos por veículos em funcionamento”, afirma o Gerente de Engenharia e qualidade da Mastra, Valdecir Rebelatto.
Troca do catalisador
Um catalisador genuíno, que vem no veículo novo, tem durabilidade mínima de 80 mil quilômetros. Trincas, quebras, derretimento e entupimento da cerâmica também são sinais para a troca imediata, além da não conversão dos gases. Os catalisadores para o mercado de reposição têm durabilidade mínima de 40 mil quilômetros conforme regulamentação do CONAMA. A verificação deve ser feita por profissionais especializados em oficinas e centros automotivos.
ai/UNO