Criado comitê municipal intersetorial para atuar em situação de acolhimento institucional de criança

Criciúma – O município de Criciúma inova mais uma vez. Desta vez com a criação do comitê municipal intersetorial de garantia do direito à convivência familiar e comunitária das crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional. A primeira reunião ocorreu na manhã de hoje (14), na sala de Atos, na prefeitura e contou com a presença da secretária do sistema Social, Geovânia de Sá, do juiz da vara da infância e da juventude da comarca de Criciúma, Giancarlo Bremer Nones, além de representantes da secretaria do sistema social, educação, saúde, conselho tutelar, GERED e representantes de instituições de acolhimento.
 
O objetivo do comitê é atuar diretamente na busca de soluções das causas geradoras do rompimento dos vínculos familiares e comunitários das crianças e adolescentes em situação de acolhimento na cidade. “Essa ação é muito importante, pois poderemos acompanhar as situações das crianças e adolescentes que estão em acolhimento institucional e buscar soluções para melhorar essa situação”, disse a secretária.
 
Durante o encontro foram apresentados dados levantados no período de agosto a setembro de 2010 e apontam o perfil das crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional no município de Criciúma. Conforme o resultado, 20 casos foram apresentados na Associação Beneficente Nossa Casa, naquele período. Já, no outro, foram registrados 8 casos, ou seja, a cidade de Criciúma possuía 28 crianças e adolescentes que viviam nos abrigos Lar Azul (que realiza acolhimentos de adolescentes do sexo masculino) e Associação Beneficente Nossa Casa (realiza acolhimentos de crianças de ambos os sexos até sete anos e meninas até 18 anos). O resultado é de um estudo elaborado por equipes da secretaria do sistema Social, com base nos dados repassados pelas duas instituições de acolhimento citadas acima.
 
Segundo a secretária, os números mostravam que 17 crianças e adolescentes estão em acolhimento até 6 meses e 11 permanecem em acolhimento há mais de 6 meses, sendo quatro há mais de 24 meses. “Negligência, habitação precária, renda insuficiente, ausência de pais ou responsáveis, mendicância, incapacidade dos pais e violência são alguns dos fatores que levam a criança a ir para uma casa de acolhimento”, falou a secretária mencionando que diversas ações são realizadas no município para mudar esse quadro. O trabalho será atuado em parceria como Poder Judiciário, por meio da vara da infância e juventude. Hoje, Criciúma, possui 37 vagas nos acolhimentos institucionais.
 
O juiz mencionou que o diálogo intersetorial é importante para a busca de soluções. “Queremos, com isso, buscar soluções das condições que levaram ao acolhimento e se existe forma para ajudar a voltar ao seu lar”, emendou Patrícia Vedana, coordenadora da Proteção Social de Alta Complexidade do município de Criciúma.
 
“Buscamos, através do comitê, implantar uma cultura de intersetorialidade de políticas públicas encontrando soluções para o desenvolvimento integral das crianças e adolescentes, sendo elas, prioridades neste governo, pois somos e fortalecemos ainda mais uma cidade amiga da criança”, acrescentou a secretária Geovânia.

AI/Redação 24 horas

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