Joinville – A energia da companhia francesa S”poart e da companhia brasileira Discípulos do Ritmo vai tomar conta do Centreventos Cau Hansen, na noite de 15 de julho e marcar a abertura do 27º Festival de Dança de Joinville. Indicada pela Bienal de Lyon, o principal festival de dança contemporânea da Europa, a S´poart apresenta o espetáculo ” In Vivo” , do coreógrafo francês Mickaël Le Mer.
“In Vivo”, significa “no interior do ser vivente”. E é esta viagem interior que a S´Poart traz ao palco, mostrando um pouco da história da companhia, o trabalho de pesquisa de seus integrantes, suas dúvidas e questionamentos. “A história da companhia, é a história dos humanos” diz Mickaël Le Mer, o coreógrafo. Os bailarinos constroem, desconstroem, se posicionam, se questionam internamente, saem de si mesmos, se olham, se posicionam no grupo, superam obstáculos, escalam, descem e sobem novamente, fugindo ao convencional.
Fundada em 1996, a S”poart tornou-se companhia profissional em 2001 e está localizada em la Roche sur Yon, em Vandée, na França. Segundo seus participantes, o nome não deve ser lido literalmente, mas pronunciado como esperança. “A esperança, quando começamos, de fazer de nossa dança, baseada na performance, um espaço de expressão e de criação”, diz o coreógrafo.
Discípulos do Ritmo trazem “Geometronomics”
Criada e dirigida por Frank Ejara, que há mais de 20 anos desenvolve estudos sobre as origens e bases das danças urbanas, a Cia Discípulos do Ritmo reúne alguns dos principais bailarinos do gênero no País, é uma das mais respeitadas no hip hop nacional e já levou sua dança em turnês pelo Brasil e para diversos países da Europa. Agora, traz ao Festival de Dança de Joinville o espetáculo “Geometronomics”, do coreógrafo Niels “Storm” Robitzky.
Em “Geometronomics”, Storm se interroga sobre a dinâmica das formas geométricas e rítmicas, traçando um paralelo entre o círculo (ponto de convergência de toda forma geométrica completa, figura unipresente e infinitamente articulável) e as evoluções dos B-Boys, que têm em sua dança sequências de movimentos rotativos, onde o corpo gira em torno de seu eixo e as pernas descrevem uma forma orbital em torno do centro.
O coreógrafo brinca com a abundância de movimentos que formam o círculo e, na sua realização, os transforma em mensagem portadora de sentido. Outros estilos do Hip Hop também integram a peça, como Locking e Popping.