Alunos vivenciam cotidiano de portadores de deficiência

Balneário Piçarras – Um projeto educacional inovador mudou a rotina da Escola Núcleo de São Braz, na área rural de Balneário Piçarras. Nos últimos dois meses, a comunidade escolar se envolveu em torno de uma causa: a inclusão de portadores de deficiência física e mental na rede regular de ensino. A programação mobilizou alunos e professores em atividades multidisciplinares que levaram os estudantes do ensino básico a vivenciar o dia-a-dia do portador de deficiência.

A iniciativa, que partiu dos professores da escola, envolveu as turmas de 2ª a 8ª série, que participaram de palestras, tiveram contato com portadores de deficiência física e mental e assistiram filmes ligados ao tema. A programação encerrou na sexta-feira (8) com a apresentação de uma peça de teatro e a final de uma gincana. “Os alunos precisaram se adaptar a situações do cotidiano de um portador de deficiência para cumprir provas como a corrida de andador e a dança com olhos vendados”, explica a diretora da escola Anália Sandra de Borba Kerschbaum.

Para os professores, a proposta foi bem aceita e a adesão dos alunos foi total.“Ficamos surpresos com a empolgação e o envolvimento de todos. A iniciativa foi muito bem recebida e os resultados são bem nítidos”, comenta a diretora que também é mãe de um aluno portador de deficiência física. Segundo ela, não houve muita participação dos pais, mas as mudanças de atitude dos alunos compensaram essa ausência. “Além de mudarem seus conceitos, essas crianças levam essa vivência para casa e se revoltam quando percebem atos de discriminação”.

Na corrida de andador, alunos enfrentaram mesmas dificuldades dos deficientes físicos

Projeto é referência

 A iniciativa de realizar o projeto surgiu quando os professores  perceberam um distanciamento dos alunos portadores de deficiência do resto da turma. “Temos alunos com síndrome de down, deficiência mental, física, visual e auditiva. No começo do ano, percebemos que muitos ficavam isolados. As crianças não queriam sentar-se com eles. Agora, esses alunos estão envolvidos com a turma e participam de todas as atividades”, conta a professora de história, Cláudia Santos Ribeiro.

O projeto da escola de São Braz se tornou referência para a implantação de programas de inclusão na rede municipal de ensino. Segundo a integradora da Secretaria da Educação, Juliane Bonin Kumm, as mudanças de comportamento propostas pelas professoras garantiram o direito de toda criança a freqüentar a rede regular de ensino. “A missão era fazer uma mudança de conceitos e com isso mudar algumas atitudes discriminatórias. Sem dúvida essa iniciativa é um modelo a ser seguido”, analisa.

Fonte:Leandro Cardozo de Souza
Assessor de Imprensa

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