Abono salarial e rendimentos do PIS injetam R$ 6,3 bilhões na economia

Brasília – Mais de 25,2 milhões de trabalhadores brasileiros sacaram o abono salarial ou os rendimentos do Programa de Integração Social (PIS), no valor total de R$ 6,3 bilhões, de acordo com informação divulgada hoje (3) pela Caixa Econômica Federal.

Dos 14,3 milhões de trabalhadores que tiveram rendimentos mensais de até dois salários mínimos, no ano passado, que têm direito ao abono de um salário mínimo (R$ 465) no ano-calendário entre julho deste ano e junho do ano que vem, 12,7 milhões já sacaram o dinheiro, o que corresponde a uma cobertura de 88,79%.

Dos 28,7 milhões de trabalhadores com rendimentos mensais acima de dois salários mínimos, que têm direito apenas ao rendimento do PIS, em valores bem menores que o abono, só 12,5 milhões receberam sua cota. Como a Caixa estimou pagamento total de R$ 7,9 bilhões em abonos e rendimentos, a instituição dispõe ainda de R$ 1,6 bilhão para saques até 30 de junho de 2010.

Trata-se da maior quantidade de benefícios já liberados no país, de acordo com o registro do Ministério do Trabalho e Emprego. O abono salarial é pago com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), enquanto as cotas referentes a rendimentos saem do Fundo de Participação do PIS/Pasep. Gerenciado pelo Banco do Brasil, o Pasep atende servidores públicos.

O dinheiro ainda não retirado está disponível em todas as agências da Caixa até o final do primeiro semestre de 2010. Basta o trabalhador apresentar o Cartão Cidadão (com senha já cadastrada), ou solicitá-lo gratuitamente, caso não o tenha, pelo 0800-726-0101 ou em qualquer agência. O saque pode ser feito diretamente nas máquinas de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes bancários.

Todos os trabalhadores cadastrados no PIS ou no Pasep até 2004, que tenha trabalhado pelo menos 30 dias em 2008, consecutivos ou não, com carteira assinada e rendimento mensal até dois salários mínimos, têm direito ao abono de R$ 465. Os rendimentos são pagos a quem teve ganho mensal mais alto e se cadastrou no PIS/Pasep até outubro de 1988.
 
Stênio Ribeiro/ABr

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