A Europa comia carne de cavalo; No Brasil só bife à cavalo

epa01641300 An undated Queensland Tourism handout photo released 19 February 2009 of steak at Hamilton Island, Queensland, Australia. The worldwide call for the 'best job in the world' went out in January 2009. An Osama bin Laden impostor and someone claiming to work for the pope are among the 20,000 vying for the highly paid job of looking after a tropical island on the Great Barrier Reef, Australian tourism officials said on 19 February. Tourism Queensland chief executive Anthony Hayes said that servers were crashing under the weight of last-gasp applications. The US, Italy, Germany and Britain are providing the most jobseekers. Fewer than one in 20 of the 60-second video applications are from Australians. EPA/QUEENSLAND TOURISM / HANDOUT AUSTRALIA AND NEW ZEALAND OUT EDITORIAL USE ONLY

Paris – O governo francês convocou os principais representantes da indústria da carne para uma reunião, a fim de exigir explicações sobre o escândalo em torno das refeições que deviam ser de carne de vaca, mas que continham, na verdade, carne de cavalo.

Seis redes de supermercados do país pararam a venda de semifabricados suspeitos. Um número de fornecedores seguiu o exemplo da empresa Sparghero que pretende processar os pecuaristas romenos.

O presidente romeno, Traian Basescu, por sua vez, confirmou a realização de verificações em matadouros que tinham violado suas obrigações contratuais.

O phenylbutazone, medicamento perigoso para a saúde humana, empregado no tratamento de cavalos, foi encontrado na carne de cavalo exportada da Grã-Bretanha para a França, informou David Heath, ministro britânico da Agricultura e Alimentação.

Segundo o ministro, a Agência de Padrões Alimentares da Grã-Bretanha, após testes efetuados a 206 peças de carne de cavalo fornecidas pela Grã-Bretanha à França,  encontrou phenylbutazone em 8 delas. Seis das oito peças contaminadas chegaram à França e, segundo parece, já “entraram na cadeia alimentar”.

O ministro britânico do Meio Ambiente Owen Paterson encontrou com os representantes da Agência de Normas Alimentares e com os fornecedores para discutir a situação no mercado de produtos de carne.

Conforme relata a BBC, recentemente no setor surgiu mais um escândalo – a empresa Findus fabricava sua lasanha de “carne de boi” usando quase 100% de carne de cavalo.

O primeiro-ministro do Reino Unido David Cameron descreveu os acontecimentos como “chocantes” e “completamente inaceitáveis”.

A  Áustria também anunciou que anunciou hoje que detetou carne de cavalo em produtos da alemã Gusto cujo rótulo informava serem de vitela, de acordo com a agência de saúde e segurança alimentar (AGES) citada pela Efe.

Este organismo adiantou que o controle alimentar, reforçado nos últimos dias, encontrou uma parte não declarada de carne de equídeo em alimentos preparados.

O produto em questão chama-se “Tortelloni Rindfleisch”, do fabricante alemão Gusto, que pode ser adquirido na cadeia de supermercados Lidl.

O ministério da Saúde austríaco pediu às autoridades de todas as regiões do país que adotem medidas especiais de controle dos produtos que estão à venda ao detalhe, como as lasanhas, os hambúrgueres ou preparados com carne de vitela.

As autoridades romenas saíram em defesa da indústria de carnes do país e negaram as acusações de esta ter exportado carne cavalo em vez de bovino para países europeus.

O primeiro-ministro da Romênia Victor Ponta declarou que não vê quaisquer fundamentos para as acusações.

Na sexta-feira passada, a Agência de Normas Alimentares (FSA) britânica tinha informado que a lasanha “de boi” da marca Findus se descobriu ser composta por 100% de carne de cavalo. Mais tarde, produtos contento carne de cavalo foram detetados em lojas da Irlanda, da França e da Suécia.

Foto: EPA
–Diário Digital/Lusa
VdR/UNOPress

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