Jaraguá do Sul – O coreógrafo Paulo Almuas, 26 anos, acompanhou cada passo de dança de rua das alunas do Colégio Evangélico Jaraguá. Com idade entre dez e 11 anos, as dez dançarinas deram um show de movimentos, considerando o tempo que tiveram para ensaiar. O grupo se formou apenas em agosto e já se apresentou no início de novembro. Durante o último dia de apresentações do Jaraguá em Dança, que aconteceu no Ginásio Arthur Müller de 5 a 8 de novembro, os dançarinos mostraram os mais variados tipos de ritmo, coreografias, nas mais diferentes idades, figurinos e cores.
Almuas, que ensina dança em diversas escolas de Jaraguá do Sul, conta que primeiro avalia o que o grupo tem a oferecer, de técnica, de facilidade de movimentos. Só então monta a coreografia. Foi assim que fez com as alunas da dança de rua. Apaixonado pela arte de dançar desde os 12 anos, o profissional levou mais de cem alunos para o palco do Jaraguá em Dança. Os ritmos utilizados misturaram jazz, ballet clássico e dança de rua.
Os jurados Darling Quadros, de Joinville, Elke Siedler, de Florianópolis, e Jair Moraes, de Curitiba, (esse último, jurado especial na noite de encerramento) não tiraram os olhos dos dançarinos, observando cada passo, cada técnica usada para o pulo, o salto, o giro. Os meninos e meninas, ainda amadores, terão oportunidade de se profissionalizar através das avaliações feitas pelos jurados sobre todas as equipes. Nessa edição do Jaraguá em Dança, não houve classificação, apenas avaliação. Os coreógrafos e as escolas receberam troféus e os dançarinos ganharam um certificado de participação. “A movimentação no palco, a estrutura do espetáculo e também a escolha musical foram alguns dos quesitos analisados por nós. Nosso objetivo é dar oportunidade de crescimento para todos os grupos”, disse Quadros, professor e pesquisador de dança em Joinville há dez anos.
Jair Moraes, metre do Ballet Teatro Guaíra, de Curitiba, também coreógrafo da apresentação especial "Andarilhos", composta apenas por homens, avalia que o Jaraguá em Dança evoluiu muito. “O festival está cada vez melhor, com mais qualidade nas apresentações”, alegra-se. Durante todo o espetáculo não se podia deixar de ouvir a torcida dos parentes das crianças que se apresentavam. Famílias ansiosas por ver o rostinho do filho ser iluminado pelo holofote. Um pulo no palco e a torcida ia ao delírio. Esse foi o clima que marcou o Jaraguá em Dança.
Fonte: Miriam Meier – coordenadora do Jaraguá em Dança