Tegucigalpa (Honduras) – À meia-noite dessa quinta-feira (15) em Honduras – 3h em Brasília – terminou o prazo fixado pelo presidente deposto Manuel Zelaya para o fim das negociações em busca de uma solução para a crise política no país. Os representantes de Zelaya e do governo atual não chegaram a acordo.
A comissão que representa o presidente deposto anunciou que decidiu estender até as 12h – 15h em Brasília – o prazo dado ao governo atual para que apresente proposta que encerre o impasse.
O presidente de fato, Roberto Micheletti, já deixou claro que não aceita acordo que inclua a volta de Zelaya ao poder. Ele defende que essa decisão seja da Suprema Corte, que determinou a deposição de Zelaya em 28 de junho. Sem consenso, a resistência ameaça boicotar as eleições marcadas para 29 de novembro e dar continuidade aos protestos.
Ao chegar à Bolívia para a reunião da Aliança Bolivariana da América (Alba), a ministra das Relações Exteriores de Zelaya, Patricia Rodas, defendeu mais sanções comerciais e financeiras contra o governo golpista.
A tensão do clima político constrastou com a euforia dos hondurenhos, que tomaram as ruas da capital Tegucigalpa, nessa quinta-feira, para comemorar a conquista da vaga para a Copa do Mundo do ano que vem, na África do Sul. Foram 27 anos de espera para a seleção de Honduras, que derrotou quarta-feira (14) o time de El Salvador por 1 a 0.
Fernando Freire/ABr