Brasília – Nesta quarta-feira (10), o secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Enori Barbieri, esteve em Brasília para reunião com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, parlamentares e produtores de maçã. O objetivo do encontro foi solicitar ao ministro medidas para conter a importação de maçã chilena, questão que prejudica o mercado interno do produto.
Barbieri explica que após uma safra recorde em 2010, em que Santa Catarina colheu cerca de 720 mil toneladas com três mil produtores, o setor enfrenta grandes prejuízos causados pela situação do mercado internacional e pela organização dos produtores. “Temos poucos compradores no Brasil e
muitos vendedores”, afirma. “Santa Catarina é o maior produtor de maçã do Brasil, temos a maçã de maior qualidade do mundo, e não só pelo sabor”, complementa.
Buscando soluções para esses problemas, em setembro durante a encontro do Mercosul na Expointer, uma comissão de produtores catarinenses e gaúchos se reuniu com governadores do Sul. “Fomos muito bem atendidos pelos governadores, BRDE e Banco do Brasil, este último inclusive emitiu uma
resolução prorrogando os custeios até fevereiro de 2011, dando fôlego ao produtor”, diz.
“Agora, iniciando as festas de final de ano, seria o período em que o preço da maçã melhoraria, porém Santa Catarina está recebendo uma invasão de maçã chilena com preços aviltantes”, explica. O secretário espera que após a reunião com o Ministério da Agricultura seja criada uma comissão
permanente que encontre uma saída para, ao menos, amenizar a entrada de maçã gala chilena e recuperar o setor. “Mas também precisamos fazer a nossa parte, precisamos de uma revitalização do setor, estabelecer normas de comércio e controlar a entrada da maçã chilena”, completa.
“É preciso que façamos alguma coisa, o nosso produtor de maçã que já tem 25 anos de investimentos e gera milhares de empregos não pode morrer por causa de um mercado que está aberto”, conclui.
ai/UNO