Brasília – O pacote que será lançado amanhã (28) pelo Ministério da Educação (MEC) para qualificar e selecionar melhor os professores da educação básica de escolas públicas inclui ainda uma reforma no Fundo de Financiamento do Ensino Superior (Fies). Com o objetivo de atrair mais jovens para carreira, os estudantes que optarem por graduações em licenciatura poderão pagar o financiamento com trabalho.
A idéia é que o estudantes possa financiar 100% dos custos com mensalidade e depois quitar a dívida trabalhando em escolas públicas. Para cada um mês de trabalho, 1% da dívida consolidada será abatida.
“Em 8 anos e 4 meses, sem tirar R$ 1 do bolso, o estudante vai ter pagado todo o financiamento”, explicou o ministro da Educação, Fernando Haddad.
O Fies é destinado a alunos de instituições particulares que não têm condições de arcar integralmente com os custos de sua formação e financia de 50% a 75% das mensalidades.
O projeto de lei que vai alterar a regulamentação do Fies será assinado amanhã pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e encaminhado ao Congresso Nacional.
A medida também será estendida aos estudantes de medicina. Nesse caso, após a formatura, o profissional terá que trabalhar no programa Saúde da Família em regiões em que há carência de médicos. Os locais serão definidos pelo Ministério da Saúde. Professores e médicos que já fizeram o financiamento também poderão aproveitar esse benefício a partir da nova lei.
Além dessas mudanças, Haddad afirmou que em breve o programa sofrerá novas alterações. A operacionalização do programa deverá ser transferida ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e é possível que o financiamento seja aberto a outros agentes financeiros. Hoje, o Fies é administrado pela Caixa Econômica Federal.
Edição: Lílian Beraldo
Amanda Cieglinski da AB