Projeto para recolher óleo utilizado na cozinha em Penha

 
Quatro pontos de coleta foram instalados na cidade ontem, dia 16, em evento incluso na programação de aniversário da cidade.

Penha – A Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável (Semde) lançou ontem, 16, o projeto de recolhimento de óleo utilizado na fritura de alimentos – ato que faz parte da programação de aniversário dos 56 anos de Penha. Inicialmente, quatro pontos foram instalados na cidade e estão prontos para receber o líquido, que deverá ser depositado nas urnas acondicionado em uma garrafa pet. O projeto cumpre exigências de lei municipal.

Os quatro locais de coleta são: Supermercado Bluville, Supermercado Provesi, Mercado Silva e Mercado Brás. Dentro de algumas semanas, os bairros de Gravatá e Santa Lídia também terão pontos para coleta do liquido que é extremante poluente. “É um projeto do poder público inédito na nossa cidade e que vai ao encontro das nossas políticas de sustentabilidade”, explica o secretário da Semde, Dorval Carvalho Gonçalves, o Duda.

De acordo com o prefeito, Evandro Eredes dos Navegantes (PSDB), em cada um dos locais de coleta, há um recipiente identificado para que a comunidade leve o líquido gorduroso em uma garrafa pet e deixe o material no local. “Além de ser um projeto que zela pelo meio ambiente, as próprias urnas – adquiridas com recursos públicos – são produzidas com material reciclável”, afirma. Elas foram construídas tubos reciclados de creme dental.

Segundo o vereador Claudinei Ruduitte Pressi (PSDB) – que é o autor da lei municipal que cria a coleta -, a intenção é iniciar com a implantação de coletores para contar com a participação da população e posteriormente abranger todos os estabelecimentos comerciais ou industriais, que gerarem estes poluentes. “O projeto visa, além de conscientizar a população no destino correto do óleo de cozinha, mas também condiciona os empresários que utilizam essa matéria prima a dar a destinação correta do óleo para que seja liberado o alvará sanitário de funcionamento”, explica Claudinei.

A Semde firmou convênio com a empresa Ita Resíduos, que ficará responsável pela destinação final e correta do óleo de cozinha. “Com isso, uma empresa especializada na coleta e reutilização desse material fará o recolhimento apropriado, evitando que o líquido contamine a natureza”, salienta Duda.

De acordo com a engenheira ambiental da Semde, Ana Paula dos Santos, o óleo de cozinha é altamente poluente. Cada litro derramado na pia, além de danificar a instalação hidráulica, é suficiente para poluir até um milhão de litros de água. O prejuízo não para por aí: jogado na natureza, o óleo utilizado em frituras provoca a morte de peixes e desequilibra o ecossistema.

Para buscar a conscientização da comunidade e o sucesso do projeto, a engenheira ambiental irá realizar pequenas palestras nas escolas da cidade. A ideia é apresentar às crianças a importante da destinação final correta e fazê-los levar a mensagem para dentro de casa, assim como foi feito como foi feito com o projeto de “Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos”.

LIXO ELETRÔNICO

A Semde também instalou uma urna de recolhimento de lixo eletrônico. Ela ficará na Loja Anjo Dourado e receberá especialmente pilhas, baterias, equipamentos eletrônicos e similares. “À sua maneira, esses equipamentos também poluem o meio ambiente. Hoje, por falta de informação ou um local de destinação, esses materiais acabam no lixo comum”, finaliza Duda.

A LEI MUNICIPAL

Com o lançamento do projeto, o município deverá dar abrangência a legislação municipal, formando um cadastro junto ao departamento do Meio Ambiente, das empresas interessadas em realizar a coleta, tratamento e reciclagem de óleo e gordura de origem vegetal ou animal de uso culinário.

Segundo a lei, a empresa que operar os serviços no município deve dispor de recipientes que aceitam receber este resíduo das residências em embalagens fechadas e resistentes, retirando e dando destino final desta forma a outros recicláveis que também poluem o meio ambiente. “Os estabelecimentos comerciais ou industriais, que gerarem estes poluentes deverão depositar os resíduos em recipientes fornecidos pela empresa coletora, sendo condicionada a este procedimento para que possa receber a emissão ou renovação do Alvará sanitário”, explica Claudinei.

O estabelecimento comercial ou industrial também deverá apresentar declaração da empresa coletora, certificando ou atestando que o empresário efetua a coleta dos resíduos, bem como um registro de coleta contendo a data e quantidade.

Felipe Franco
ai/UNO

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