Professores de SC voltam às escolas e Governo estuda reposição de aulas

Governo do Estado de Santa Catarina, através da Secretaria de Educação, informa que cerca de 80% dos professores catarinenses já retornaram às salas de aula. Os números ainda são parciais, já que nem todas as escolas os repassaram. “Agradeço esse gesto, em nome da Educação, das crianças, das famílias catarinenses, em nome do diálogo e do compromisso de fazermos um grande trabalho. Não é uma minoria radical que vai comprometer o trabalho na Educação de Santa Catarina”, fala o governador Raimundo Colombo.

Apesar de a assembleia estadual votar pela continuidade da greve, destaca-se o alto índice de retorno dos professores, como na Secretaria Regional de Xanxerê, em que apenas um professor continua em greve. Ao total, são 1168 profissionais nas 56 escolas em 14 municípios. Na SDR Itapiranga, os professores já retornavam desde a última semana, mas hoje se completou o quadro de 294 professores nas 15 escolas da regional. O secretário do Desenvolvimento Regional de Itapiranga, Milton Hahn elogiou
a atitude dos professores ao retornarem ao trabalho. “Eles compreenderam que o Governo fez tudo o que era possível, e agora as negociações continuam”, disse o secretário.

A tarde também foi de mais negociações e debate sobre o encerramento da greve entre os professores. Nas regionais de São Lourenço do Oeste e São Joaquim, todos os professores decidiram nesta quinta-feira (7) aceitar a proposta do Governo do Estado e voltarem às unidades de educação. Ainda destacam-se, por exemplo, as regionais de Seara (96%), Lages (90%), Quilombo (88%), Jaraguá do Sul e Joaçaba (81%), Joinville (80%), São Miguel do Oeste (78%), Blumenau (74%), Timbó (71%) e Tubarão (65%).

Reposição de aulas

Para estabelecer a recuperação do ano letivo, o governador Raimundo Colombo convocou reunião para esta sexta-feira (8), em Lages, junto aos secretários regionais, os gerentes de Educação e diretores de escolas do Estado, além de técnicos da Secretaria de Educação. “Muitas escolas já estão com as atividades normais e onde faltar professores, que são poucos casos, vamos contratar ACTs (Admitidos em Caráter Temporário) para manter o ano letivo e conseguir cumprir a nossa meta”, afirmou Colombo.

Nesta quinta-feira (7) foi encaminhado para votação na Assembleia Legislativa o projeto de lei complementar (PLC) com a última proposta feita para os professores. A decisão foi tomada em respeito à maioria dos professores que decidiu voltar às aulas, mesmo sendo contrariados pelos professores que estiveram na assembleia estadual, em Florianópolis.

Na proposta final, que ainda propõe a formação de um grupo de trabalho para debater o plano de carreira, o Governo propõe que a reestruturação da regência de classe comece já no vencimento de agosto. Os índices das séries finais e do ensino médio, que hoje estão em 17%, passariam para 20%. Os percentuais das séries iniciais, que estão em 25%, passam para 30%. Em janeiro, os índices serão pagos integralmente e voltam para 25% e 40%. Com isso, o impacto na folha de pagamento será de R$ 27,5 milhões ao mês.

UNOPress

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