Campanha contra a poliomielite e o sarampo termina na sexta-feira (28), mas ainda está longe de atingir a meta
Florianópolis – Profissionais dos centros de saúde de Florianópolis começam, nesta semana, a chamar por telefone e nas casas os pais e responsáveis pelas crianças de seis meses a cinco anos incompletos que ainda não foram vacinadas contra a poliomielite e o sarampo. A campanha, que vai até sexta-feira, ainda não tingiu a meta de 95% de imunização. Até a manhã desta quarta-feira (26), cerca de 60% haviam sido imunizados.
Durante toda a semana, os postos estarão abertos das 8 às 17 horas, com intervalo de uma hora para o almoço. Para Ana Vidor, gerente da Vigilância Epidemiológica da SMS, os índices são considerados muito baixos. “Normalmente, atingimos 50% da nossa meta no primeiro fim de semana de imunização”, revela.
O secretário de Saúde, Daniel Moutinho Jr, reforça a importância da participação dos pais e responsáveis pelas crianças na campanha. “Essas doenças já deveriam estar em fase de erradicação, mas alguns países ainda apresentam casos. Devemos proteger nossa população dos riscos.”
Novos casos
O Brasil sempre foi uma das referências mundiais na eficiência de suas campanhas de vacinação. Tanto que a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) certificou o país, em 1994, como área livre do Poliovírus Selvagem (causador da poliomielite). Porém, em março de 2014, o vírus foi detectado em uma amostra de esgoto coletada no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP).
Outro fato destaca a importância desta campanha: de 2000 a 2013, o país não havia registrado novos casos autóctones de sarampo. Em 2014, porém, o vírus foi reintroduzido no Brasil, resultando em 596 casos da doença no período, concentrados especialmente nos estados do Ceará e de Pernambuco.
Carla Argolo
ai/UNO