São Miguel do Oeste – Centro de Atenção Psicossocial, existente há cerca de dez anos, extinguiu hospitais psiquiátricos e permite a reintegração do paciente à sociedade com o acompanhamento das famílias.
Na sexta-feira, dia 11, o governo de São Miguel do Oeste, por meio da secretaria de saúde, durante a programação do aniversário de 57 anos do município, entregou oficialmente as novas instalações do CAPS.
Além de autoridades, pacientes, familiares, profissionais e a comunidade em geral, prestigiaram a solenidade que teve a participação efetiva dos usuários através de depoimentos e apresentações artístico-culturais.
Segundo a enfermeira do CAPS, Rosangela Teixeira da Rosa, este novo modelo de atenção à saúde mental possibilita assistência aberta, intensiva e continuada aos pacientes que necessitam de tratamento psiquiátrico e que apresentam condições de permanecer no convívio familiar durante o tratamento.
Rosangela lembra que entre os principais objetivos está o apoio clínico, reinserção social pelo acesso ao trabalho, lazer, direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.
Atualmente estão cadastrados 479 usuários sendo 160 assíduos e que participam de terapia individual e em grupo, terapia ocupacional, realizam trabalhos de artesanato, passeios, viagens, atividades físicas e confraternizações. Os usuários são atendidos por nove profissionais, entre eles, psiquiatra, clínico geral, psicóloga, assistente social, enfermeira, técnica de enfermagem, professoras de artes e profissional de serviços gerais.
Em sua fala, o clínico geral Dr. Wilton Stang, informou que o CAPS vem substituir o antigo modelo de hospitais psiquiátricos, onde os pacientes eram deixados por familiares que não retornavam para buscá-los, os quais ficavam nos hospitais sem condições de reintegrar-se à sociedade.
“A grande diferença é que os pacientes agora realmente se recuperam, pois tem o apoio da família e de uma equipe multiprofissional. Os usuários permanecem durante o dia no Caps, à noite voltam para seus lares e o mais importante é que as famílias se envolvem no tratamento, nas atividades e tem conhecimento da doença”, afirmou Stang.
A usuária Marilene Dalberto que começou tratamento ainda no Hospital Cristo Redentor, afirma que no atendimento do CAPS ela encontrou amor, carinho e dedicação dos profissionais. “Aqui todos somos atendidos de forma igual, minha vida antes do Caps era difícil e não tinha com quem conversar, não tinha ninguém por mim. Hoje eu participo das atividades e dos trabalhos e a minha vida se transformou”, relatou.
ai/UNO