Joinville – Nesta sexta-feira ( 8/4), a 8ª Feira do Livro terá a Mesa Redonda “Jornalismo e Censura”, a partir das 19h30. O evento estava confirmado com o renomado escritor Fernando Moraes, que não poderá comparecer em virtude de ter contraído dengue. O jornalista Luiz Fernando Emediato, também convidado do evento, confirmou a presença e participará da Mesa com outros profissionais.
Reconhecido no cenário internacional tanto pelo seu trabalho como jornalista, editor, quanto de escritor, Luiz Fernando Emediato é profundo conhecedor do tema, tendo reunido, em forma de contos ficcionais, histórias da ditadura militar em sua obra “Trevas no Paraíso – histórias de amor e guerra nos anos de chumbo”.
Segundo ele, Censura e Jornalismo continuam sendo temas atuais, camuflados por outros meios que não apenas os políticos. “Acabou a ditadura militar, mas temos uma Constituição contraditória, que garante a liberdade de expressão e ao mesmo tempo dá ao indivíduo o direito de pedir a proibição de obras literárias”, diz. Essa realidade ainda é sentida nos dias de hoje nos veículos da imprensa. “O Estadão, por exemplo, não pode publicar nada sobre um processo da família Sarney”.
Proprietário da editora Geração Editorial, Emediato diz que já sofreu com a censura por decisão judicial. “Um dos processos tratava de um bandido condenado a 140 anos de prisão e, de dentro da cadeia, conseguiu com que um juiz proibisse o livro que causava danos à sua “imagem”.
Como editor, ele faz uma critica ao jornalismo: “Pela internet, campeiam-se erros e irresponsabilidades. O jornalismo presta mais serviços e reflete pouco, não se aprofunda. Ainda há credibilidade, mas menos do que antes”, comenta.
Essas são algumas das reflexões que prometem atrair profissionais e formadores de opinião na Mesa Redonda desta sexta, na 8ª Feira do Livro.
Aline Broch