Florianópolis – O deputado José Paulo Serafim (PT) protocolou na Assembleia Legislativa de Santa Catarina duas moções em relação ao julgamento do STF que suspendeu a obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão. Após votação no plenário da Alesc, que deve ocorrer nas sessões da próxima semana, uma moção será enviada ao Supremo Tribunal Federal repudiando a decisão, em nome do Poder Legislativo catarinense, e outra será encaminhada ao Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, em solidariedade à classe dos jornalistas e reafirmando a luta para encontrar alternativas que revertam essa situação.
“Não é possível aceitar essa desqualificação da atividade jornalística. Percebo claramente a necessidade da qualificação técnica para exercer a profissão como forma de colocar o jornalista em um compromisso maior com a verdade e a ética”, afirma Serafim.
O deputado também esclareceu que defende a formação acadêmica para os jornalistas em favor das classes sociais. “As técnicas aprendidas na faculdade vêm ao encontro de uma comunicação usando palavras simples, ensinando os jornalistas a esmiuçarem bem o tema para o esclarecimento da população, independente da sua classe social. Isso é garantir a inclusão social, dando a oportunidade para as pessoas de baixa escolaridade terem acesso à informação” aponta Serafim.
As moções estão baseadas no conceito de que “entender que a profissão de jornalista não requer qualificações profissionais específicas, indispensáveis à proteção da coletividade, já que não se trata de profissional que pode vir a colocar em risco a vida de pessoas, é esquecer que talvez mais do que qualquer profissional a atividade jornalística requer ética, técnica e responsabilidade, circunstâncias lecionadas e aprimoradas com a formação universitária do jornalista, que inclui lições sobre engajamento social, realidade contemporânea, escolhas éticas e morais, domínio da técnica e da linguagem especializada para tornar a informação cada vez mais responsável e acessível a todas as classes econômicas, incluindo as pessoas com baixa escolaridade”
Fonte:ALESC
