Criciúma – Na última sexta-feira, 21, o ministro interino da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), João Carlos Nogueira, fez uma palestra na nona edição do Maio Negro, sobre Políticas Públicas, Ações Afirmativas e o Debate Acadêmico. O Maio Negro é uma iniciativa do Curso de História da Unesc em parceria com a
ONG ACR (Anarquistas Contra o Racismo).
No final da tarde, o ministro participou de uma reunião especial no gabinete do Reitor Gildo Volpato. No encontro estava presente o ex-secretário de Educação de Gravatal e professor da Unibave, Ademir Milo Motta da Silva, e os professores do História da Unesc, João Henrique Zanelato e Antonio da Miranda.
O assunto principal da conversa entre o ministro Nogueira e o reitor Gildo, foi sobre a realização do Seminário Sul de Educação e Promoção da Igualdade Racial, que será realizado no mês de junho na cidade de Tubarão. Trata-se de um evento que envolverá os secretários municipais de educação e prefeitos do Sul de Santa Catarina, representantes da SEPPIR e do Ministério da Educação e Secretaria de Estado de Educação de Santa Catarina. O tema do seminário é o Plano Nacional de implantação da Lei 10.639, que institui a obrigatoriedade do ensino da história da África e Afro-brasileira nas escolas de ensino fundamental.
O ministro Nogueira apresentou o professor Ademir Milo como um dos articuladores do seminário, e juntos solicitaram ao reitor a participação da Unesc na construção do evento, sendo que farão o mesmo com a Unisul e Unibave.
As universidades estão sendo chamadas para duas importantes tarefas: a) uma diz respeito à adequação da grade curricular, em especial, dos cursos de pedagogia, história e geografia no sentido de incluir a disciplina de História da África, com o propósito de qualificar os futuros professores. b) a outra tarefa das universidades será a de criar grupos de pesquisas em metodologias de inclusão da História da África nas escolas, bem como, fomentarem cursos de formação continuada para capacitar os professores dos 41 municípios do Sul de SC, que já estão em sala de aula.
O reitor Gildo se mostrou animado com a proposta e manifestou adesão total ao projeto dizendo que organizará uma comissão interna na UNESC para cuidar da temática de educação e promoção da igualdade racial, como forma de colaboração da universidade com as políticas afirmativas.
Assessoria de Imprensa