Criciúma – Já foram mapeadas, em Criciúma, 519 nascentes, em três meses de trabalho, distribuídas entre as oito micro-bacias existentes no município. A ação faz parte da primeira etapa do projeto Nascentes, que foi desenvolvido pela Fundação Municipal do Meio Ambiente (Famcri) e está sendo realizada pelo IPAT/Unesc. A primeira parte do projeto visa fazer um levantamento da situação ambiental de todas as nascentes que se distribuem entre as micro-bacias do Rio Maina, Rio Criciúma, Quarta Linha, Sangão, Ronco d’Água, Baixo Sangão, Rio Cedro e Rio Medeiros que desembocam nas bacias hidrográficas dos Rios Araranguá e Urussangua. Esta etapa começou em julho e tem previsão de término para dez meses.
As nascentes podem ser classificadas, de acordo com regime de água, em perenes – que apresentam fluxo contínuo; temporárias – apresentam fluxo de água apenas nas estações chuvosas e efêmeras – que aparecem durante uma chuva e desaparecem durante alguns dias. Uma nascente que apresentar, pelo menos, 50 metros de vegetação natural no seu entorno, é classificada como preservada. As que não apresentarem 50 metros de vegetação natural, mas se encontrarem em bom estado de conservação, mesmo estando ocupadas, em parte, por pastagem e ou agricultura, são classificadas como perturbadas. Já, as nascentes que se encontrarem com elevado grau de perturbação (solo compactado, vegetação escassa e com erosões) são classificadas como degradadas. “Identificamos nascentes em áreas de agricultura permanente, como bananais, áreas de pastagem, áreas de preservação ambiental e algumas em áreas urbanas”, afirmou o coordenador do projeto no IPAT/Unesc, Sérgio Galatto.
Segundo Galatto está sendo coletada amostra da água de algumas nascentes para análise da potabilidade. O trabalho está sendo realizado por três equipes em campo, que identificam as nascentes através de um mapa hídrico da região. As equipes passam nas propriedades e conversam com os proprietários das terras, que apontam, normalmente, o local exato da nascente. “Nós vamos produzir um mapa com as nascentes do município, além de um relatório hierarquizado das condições de cada uma”, salientou.
Segundo o presidente da Famcri, Julio Cezar Colombo, na segunda etapa do projeto será realizada uma discussão com o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), para ações efetivas e positivas visando à preservação das nascentes. O diretor de Educação Ambiental da Fundação, Tarciso Pereira, salientou que também será feito um trabalho de educação ambiental nas escolas do Município e nas comunidades próximas às nascentes.
Fonte : Assessoria