Brasília – O ministro da Defesa, Nelson Jobim, classificou hoje (9) como “um retrocesso brutal” parte das mudanças aprovadas ontem (8) pela Câmara dos Deputados na Lei Eleitoral. Um dos pontos criticados pelo ministro é a impressão do voto pela urna eletrônica.
“Tem uma coisa que eu acho um retrocesso brutal, que é voltar ao sistema de impressão do voto. Isso é um retrocesso brutal, um equívoco técnico e político. Só vai atrasar o processo eleitoral e não tem justificativa técnica. Vai criar problemas e não gerar soluções”, disse o ministro.
De acordo com a proposta aprovada pela Câmara, a partir de 2014, os votos serão impressos pelas urnas eletrônicas. A impressão servirá para a conferência do eleitor, e deverá ser depositada em outra urna.
A proposta prevê ainda que, após o fim da votação, seja realizada uma audiência pública para auditar 2% das urnas eletrônicas do país. A Justiça Eleitoral terá que analisar pelo menos três urnas de cada cidade. Antes de virar lei, a proposta de reforma eleitoral precisa ser aprovada pelo Senado.
Luciana Lima/ABr