O governador Raimundo Colombo convocou para esta sexta-feira (8), em Lages, uma reunião para debater a reposição das aulas e a recuperação do ano letivo, prejudicados pela greve dos professores que superou os 50 dias. Participarão da reunião os secretários regionais, os gerentes de Educação e diretores de escolas do Estado, além de técnicos da Secretaria de Educação. “Muitas escolas já estão com as atividades normais e onde faltar professores, que são poucos casos, vamos contratar ACTs (Admitidos em Caráter Temporário) para manter o ano letivo e conseguir cumprir a nossa meta”, afirmou Colombo.
Em viagem no Alto Vale do Itajaí, onde está para conhecer as reais prioridades da região, o governador visitou várias escolas que voltaram às atividades normais. “Agradeço esse gesto, em nome da Educação, das crianças, das famílias catarinenses, em nome do diálogo e do compromisso de fazermos um grande trabalho. Não é uma minoria radical que vai comprometer o trabalho na Educação de Santa Catarina. A reivindicação é justa e vamos contribuir para atender ao máximo possível, mas sem radicalismo e sem política a única política que tem que existir é a da Educação”, explicou.
Por determinação do governador Raimundo Colombo, foi encaminhado para votação na Assembleia Legislativa um projeto de lei complementar (PLC) com a última proposta feita para os professores. A decisão foi tomada em respeito à maioria dos professores que decidiu voltar às aulas, mesmo sendo contrariados pelos professores que estiveram na assembleia estadual, em Florianópolis, realizada na quarta-feira (6). “A reivindicação é justa e vamos contribuir para atender o máximo possível, mas sem radicalismo e sem política. A única política que tem que existir é a da Educação”, falou Colombo, após avaliar que a greve deixou de ser uma manifestação para
categoria para ser um movimento político.
Na proposta final, que propõe a formação de um grupo de trabalho para debater o plano de carreira, o Governo propõe que a reestruturação da regência de classe comece já no vencimento de agosto. Os índices das séries finais e do ensino médio, que hoje estão em 17%, passariam para 20%. Os percentuais das séries iniciais, que estão em 25%, passam para 30%. Em janeiro, os índices serão pagos integralmente e voltam para 25% e 40%. Com isso, o impacto na folha de pagamento será de R$ 27,5 milhões ao mês.