Nas primeiras semanas de 2015, Aedes aegypti foi encontrado em 20 novos locais. População deve facilitar o acesso dos agentes comunitários de saúde
Florianópolis – Os focos de mosquito transmissor da dengue em Florianópolis aumentaram – somente nas primeiras semanas deste ano foram encontrados 20 novos criadouros do Aedes aegypti. A Capital é a única do país que não tem transmissão local da doença, mas registra casos importados e precisa da conscientização da comunidade para evitar que o surto chegue ao município.
O Continente continua sendo a área mais afetada pelos focos do mosquito, que foi encontrado nos bairros Estreito, Capoeiras, Monte Cristo, Coloninha, Jardim Atlântico e Balneário. Na Ilha, por enquanto, houve registros no Centro, em Ingleses, Santinho e Canasvieiras.
Em 2014, foram encontrados em Florianópolis 66 focos do mosquito, sendo 59 nos bairros continentais. Uma das explicações para isso é a grande quantidade de ferros velhos, borracharias e áreas com acúmulo de lixo e entulhos. Além disso, há um maior fluxo diário de veículos de carga provenientes de cidades que convivem com a doença. Na ilha, foram encontrados no ano passado três focos no Centro (rodoviária), três no Saco Grande (UFSC) e um no Córrego Grande.
Em 2015, foram confirmados dois casos importados de dengue em Florianópolis. Há ainda três suspeitos, também importados, aguardando confirmação laboratorial. A identificação da região onde a doença foi contraída, segundo Ana Cristina, é importante para o mapeamento da atuação de combate à epidemia em todo o país. No ano passado, 87 casos foram notificados em Florianópolis, sendo 18 confirmados – todos contraídos em outras regiões do país.
Denúncia
A Ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde é o canal de comunicação da população para denunciar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Os telefones são (48) 3239-1537 ou 3239-1569. Há também um espaço da ouvidoria para denúncia on-line, na página da Secretaria de Saúde (www.pmf.sc.gov.br/entidades/saude). As denúncias são encaminhadas ao Centro de Controle de Zoonoses, que faz o trabalho de análise e contenção dos possíveis focos.
Carla Argolo
ai/UNOPress