Famílias invadem casas populares no Renascer

Criciúma – A mãe de *Maria se inscreveu em um programa habitacional há oito anos. “Após alguns dias de sua morte, ela foi contemplada. Como eu morava com ela herdei o direito”, informa.  A casa em que Maria iria morar é uma das 101 do programa Nova Casa do sistema Social, em parceria com a COHAB e que foram inauguradas em maio deste ano pelo governo municipal. “Estava muito feliz, pois iria, enfim, ter uma casa própria para morar com minha família”, ressalta.

Após a inauguração, ela começou a comprar os materiais necessários para fazer o acabamento como forro, piso, entre outros, além de buscar algum trabalhador para finalizar a obra. “Há uns dias quando fui lá com o pedreiro para começar a colocação dos pisos levei um susto! Uma família estava ocupando a casa que seria minha”, afirma.

Maria, ainda, conta, que tentou dialogar com os invasores, mas foi ameaçada de morte. “Eles disseram que quando a polícia saía ficávamos sob os cuidados deles… Nunca mais ponho meus pés naquele bairro. Não passo nem perto!”, informa revoltada.

Segundo a secretária do sistema Social, Geovânia de Sá, sete casas foram invadidas. “Fomos lá conversar com as famílias para que deixem os beneficiados ocuparem o local. Conseguimos que uma família desocupasse a casa, agora temos mais seis que não querem sair”, informou.

Ela ressalta que o governo tentará dialogar mais vezes com os invasores. “Eles tem que entender que existe um processo para usufruir deste benefício. Existem pessoas que estão, há anos, cadastradas e esperando a sua casa”, destacou.

Parque destruído

Outra situação encontrada na COHAB Renascer, foi a total destruição do parque para as crianças. Equipamentos como balanço, escorregador e casa de criança foram vendidos ou quebrados por vândalos e já não estão mais no parque. Os parafusos da placa de inauguração, também, foram roubados.

“Ficamos duas semanas trabalhando no parque, e agora as pessoas não podem mais usufruir dele. Precisamos da cooperação de todos quando trabalhamos em prol da população”, destaca Geovânia. Funcionários da secretaria afirmam que, após um mês da inauguração os aparelhos, já haviam sumido.

O presidente do bairro, Joelson Marques, não soube explicar a quebra e o sumiço dos aparelhos. “Ficamos com pena, pois ajudamos a construir o parque”, destaca. Quanto às casas invadidas Marques é enfático. “Foram inauguradas e ninguém ocupou, estavam vazias, então…”.

*Nome fictício

AI/Redação 24 horas

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