Exposições na Fundação Cultural de Blumenau

Blumenau – A Fundação Cultural de Blumenau convida a comunidade para prestigiar a abertura de exposições: na Sala Oficial do MAB, Novembro, com Marlene da Silveira, a Imamaiah; na Sala Especial, Arte, Vida e Luz, de Lurdes Dalmarco; na Sala Alberto Luz, Pintando Músicas, de Mariana Bonifatti; na Galeria do Papel, Poema Tátil Somente os cegos podem tocar as palavras, promoção do Centro Braille da Fundação Cultural de Blumenau; e na Sala Elke Hering, exposição do acervo de obras da artista.

A abertura das mostras será às 19h30min, quando também acontece a apresentação musical da deficiente visual Sanara, da cidade de Santos/SP, e a Noite da Contrapartida dos artistas que receberam recursos do Fundo Municipal de Apoio à Cultura 2008. A promoção é aberta ao público. A Fundação Cultural fica na Rua Quinze de Novembro, 161, e a visitação às exposições poderá ser feita até 14 de junho, de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 horas e das 13h30min às 17h30min; sábados, domingos e feriados, das 10 às 16 horas. A entrada é gratuita.

Arte também em alto relevo, na Sala Oficial

Marlene da Silveira nasceu em Witmarsun. Autodidata, a artista dedica-se à pintura, à escultura, à cerâmica e à poesia desde 1978. Mas somente nos últimos anos tem dividido com o público o seu trabalho, através de exposições pelo Brasil e no exterior. Com a instalação UTI – Unidade de Tratamento Intensivo, cujo  tema recorrente é o abandono da arte e da cultura pelas autoridades e responsáveis, conquistou em 2004 o primeiro lugar do 6º Salão Elke Hering – Mostra Nacional Contemporânea de Artes Visuais. A utilização de diversas técnicas proporciona uma grande diversidade de obras, nas quais sensibilidade e criatividade são fortes marcas. Assina suas obras como Imamaiah (um anjo).

Em sua proposta intitulada Novembro, a artista presta uma homenagem a todos que exaustivamente prestaram socorro às vitimas do desastre natural ocorrido na cidade de Blumenau naquele mês; além das obras visuais, Imamaiah disponibiliza ao deficiente visual uma reprodução fiel das mesmas obras em alto relevo.

Sala Especial – Arte, Vida e Luz

Nascida em Ituporanga, Lurdes Dalmarco reside em Blumenau. Desde a infância sempre gostou das artes, fazendo seus trabalhos com lápis de cor. Sendo seu pai fotógrafo, coloria as fotos preto e branco com as mesmas tintas que usa hoje nas telas.

É integrante desde 1997 da Associação de Artistas Plásticos Blumenauenses (Bluap). Autodidata, porém cabe ressaltar que as orientações de Cira Cardoso, Regina Locatelli (in memorian) e Dulce Paladini, contribuíram para seu amadurecimento artístico. Dentro do seu estilo acadêmico predominam os florais, natureza morta, paisagens e casarios, utilizando as técnicas óleo sobre tela. Em seus quase 25 anos de atividades artísticas, participou em 1999 do workshop ministrado por Márcia Maluf Palei, de várias exposições individuais e coletivas, leilões de arte e da 1ª Bienal Reinaldo Manzke – catalogada no volume 12 em Artes Plásticas do Brasil.

Sala Alberto Luz – Pintando Músicas

Nascida em Mar del Plata, na Argentina, a pintora e também cantora Mariana Bonifatti veio desaguar sua arte no Brasil, onde está radicada há um ano. Diretamente dos barrios de Buenos Aires, onde viveu desde os 9 anos de idade, Mariana passaria a respirar então a música, a dança, a poesia, de um todo, a alma artística de seu povo.

Sons e imagens que marcariam para sempre seu imaginário e que hoje se refletem em suas telas, numa linguagem própria no tratamento das cores, na composição e nas proporções. Com alegria e vivacidade mesclada a uma melancolia implícita, própria de seus personagens musicais, a pintora definitivamente brinca com a arte, encantando em melodias descritas em cores vibrantes a sua poesia, construindo seu universo pintando músicas.                         

Ernesto Samovar

Somente os cegos podem tocar as palavras

A Galeria do Papel apresenta Poema Tátil Somente os cegos podem tocar as palavras, promoção do Centro Braille da Fundação Cultural de Blumenau, em comemoração ao bicentenário de nascimento de Louis Braille. Desenhos de Amarildo Vanzuita que também expõe poemas junto com outros autores que têm suas obras publicadas pelo Centro Braille. Obras essas que poderão também ser tocadas por pessoas de visão normal e que terão seus olhos vendados e orientados por uma corda. Estão expostas obras em Braille de Lúcia Helena Pereira, Vilson Bertoldi, Grete Buss Schetzke (falecida), entre outros.

A cantora

Paula Cristiane Aparecida da Silva, a Sanara, é de Santos/SP. Formada em psicologia pela Universidade Católica de Santos, é pós-graduada em Psicoterapia para Deficientes Visuais pela PUC de São Paulo. Estudou no Instituto de Cegos Padre Chico, onde recebeu aulas de  música, participando do coral da escola, onde teve por seis anos aulas de piano e noções de teclado e violão.

Em 1986 começou a cantar profissionalmente em um grupo de pagode; em seguida se lançou em carreira solo, seguindo o estilo sertanejo, realizando shows, principalmente em festas de rodeio. Durante quatro anos foi vocalista da banda Nekalon, trabalhando em toda a São Paulo. Hoje segue carreira solo, variando entre o sertanejo romântico, MPB e a bossa-nova. Nos últimos meses esteve envolvida em um concurso nacional, ficando classificada entre as 10 melhores que irão para um festival no Rio de Janeiro, onde as 5 finalistas vão participar da gravação de um cd.

Marilí Martendal/ai/UNO

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