O mercado de trabalho para os estagiários está cada vez mais concorrido. Seja pela diminuição do número de vagas, por conta da crise econômica mundial e da nova lei do estágio, ou pelo alto grau de competitividade entre os candidatos, fato é que o currículo é o instrumento mais estratégico nesta fase de inserção no mercado de trabalho.
Velho conhecido daqueles que procuram uma vaga, o currículo pode ser o seu passaporte ou a sua barreira na busca de uma oportunidade de estágio. Um dos pontos que mais chama atenção é a quantidade declarada de experiência. Agora você pode estar se perguntando “quanto mais experiência eu divulgar, mais positiva será a análise sobre as minhas competências, não é?” A resposta, ainda que pareça estranha em um primeiro momento, é: “nem sempre.”
Acreditando nesse mito, muitos estudantes ficam pouquíssimo tempo em uma empresa. Períodos menores do que seis meses, por exemplo, são considerados curtos demais para que o profissional possa realmente compreender e dominar o assunto com o qual trabalha. Além da adaptação à vaga e às políticas da empresa, o jovem naturalmente leva algum tempo para conseguir efetivamente desempenhar seu papel com eficiência e, principalmente, de maneira autônoma.
É comum que os jovens da Geração Y entendam que muito tempo em um mesmo lugar possa significar para o mercado que ele está acomodado. Esquecem-se, porém, que o contrário pode ser visto como incapacidade de adaptação e indecisão. Por isso, antes de tomar a decisão de deixar um estágio responda a seguinte pergunta: realmente aprendi os pontos essenciais do meu trabalho a ponto de executá-lo em outra oportunidade com a mesma eficácia com que sou cobrado hoje?
Lembre-se que o currículo é o seu cartão de visita e, na grande maioria dos casos, o seu primeiro e único elo de contato com o empregador. Pense nisso quando for escolher as experiências a serem divulgadas, pois, mais do que a quantidade, o que vale mesmo é a consistência de cada uma delas.
Giuliano Bortoluci
UNOPress