O arquivamento das 11 acusações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB/AP), ontem (19), no Conselho de Ética, com apoio dos senadores do PT, provocou debates na manhã de hoje (20), na sessão plenária da Assembleia. O deputado Giancarlo Tomelin (PSDB) disse que o fato “envergonha o país” e que “a ética foi jogada de lado”. Criticou ainda a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), o senador Fernando Collor de Mello (PTB/AL), além do próprio presidente do Senado, José Sarney. “Esse é o time que tantas tristezas já deu ao Brasil. A senadora Ideli Salvatti envergonhou Santa Catarina ao defender Sarney”, afirmou.
Em aparte, o deputado Serafim Venzon (PSDB) disse que a sociedade brasileira precisa ter informações sobre o que há por trás desses fatos. “Queremos saber o que o governo Lula tem para ter que pagar um preço tão alto. Há alguma coisa que o PMDB precisa esconder sobre o governo Lula.”
Para o deputado José Natal (PSDB), a política brasileira continua numa “vala comum”, declaração que fez o deputado Antonio Aguiar (PMDB) se manifestar em defesa do seu partido. “O mesmo conselho que absolveu o presidente do Senado, também absolveu o senador Artur Virgílio, que é do PSDB do Amazonas.” Sobre essa declaração, Tomelim respondeu dizendo que se um companheiro do seu partido errar, não ficará ao lado dele, mas sim da população.
O líder do PT, deputado Dirceu Dresch, saiu em defesa da senadora Ideli Salvatti, justificando que a catarinense votou a favor de Sarney por deliberação do partido. “Foi para manter a governabilidade, as conquistas do governo Lula”. Ainda em sua manifestação, criticou os democratas. “Há 20 anos o partido ocupa a Secretaria Geral do Senado, que é a área que cuida da parte administrativa da Casa e onde está a maioria das denúncias”.
Também o deputado Dionei Walter da Silva (PT) defendeu a senadora, elogiando obras catarinenses que, segundo ele, “têm o DNA da senadora”, referindo-se às obras no estado com recursos do governo federal. Na sequência, criticou o PSDB. “No passado, aqui nesta Casa, várias CPIs foram sepultadas com aval dos deputados do PSDB, entre elas a que tinha o objetivo de investigar irregularidades na Escola do Teatro Bolshoi, em Joinville”.
Fonte: Assessoría de Imprensa