Florianópolis – A diminuição demográfica dos menores municípios de Santa Catarina foi um dos temas mais debatidos na tribuna nesta quarta-feira. O deputado Flavio Ragagnin (PP) puxou o assunto. Segundo ele, dos 16 municípios do Alto Uruguai, 11 tiveram diminuição de população. “O êxodo rural continua, não tem freio e não vejo solução imediata. Para segurar as pessoas no seu local de origem é preciso lhes garantir melhores condições de vida. O Estado precisa levar recursos aos municípios pequenos”, disse o deputado. Por outro lado, os municípios maiores tiveram aumento de população, como foi o caso de Chapecó, que cresceu 24%, e Concórdia, cerca de 9%.
Na mesma linha, em seu pronunciamento, o deputado Padre Pedro Baldissera (PT) complementou que os problemas sociais nos maiores centros urbanos estão se agravando cada vez mais e que a migração é um problema preocupante, pois “resulta da falta de atenção do poder público”.
Já o deputado Valdir Cobalchini (PMDB) afirmou que a descentralização fez com que houvesse desenvolvimento harmônico em Santa Catarina. “Por outro lado, o litoral possui mais atrativos.” Ele vai propor projeto para aperfeiçoar a lei do Prodec, propiciando incentivos à instalação de empresas em municípios pequenos.
Também sobre o censo demográfico, Sílvio Dreveck (PP) afirmou que 100 municípios catarinenses tiveram decréscimo da população, alguns com mais de 20% de decréscimo. “Outros 120 municípios tiveram crescimento abaixo da média catarinense. As pessoas vão ficar no seu local de origem se houver políticas públicas de incentivo que proporcionem mais oportunidades”, frisou.
O deputado Jean Kuhlmann (DEM), por sua vez, concordou que são necessárias ações para frear o fenômeno da litoralização, proporcionando que as pessoas continuem morando nos municípios do interior. “Geração de emprego e renda é fundamental para isso.”