Florianópolis – Nesta terça-feira (15), o governador Raimundo Colombo e o secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural, João Rodrigues, discutiram com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, assuntos e projetos ligados à rizicultura, tabaco e suinocultura. As atividades econômicas debatidas são de grande importância para a agricultura
catarinense e passam por sérias crises, o que requer atenção imediata do Governo para evitar prejuízos maiores e irreparáveis.
A principal reivindicação dos produtores de tabaco é em relação às Consultas Pública da Anvisa n° 112 e 117, a qual se propõe a proibição do uso de açúcar na fabricação de cigarros, o que eliminaria a possibilidade de consumo do fumo tipo Burley, cultivado por cerca de 17% dos produtores catarinenses. De acordo com João Rodrigues, essa ameaça é particularmente
importante para todo o Oeste de Santa Catarina, pois esse é o único tipo de fumo cultivado na região. “O Governo do Estado está focado em criar um plano de transição sustentável em que o tabaco seja substituído por outras atividades econômicas, porém sem inviabilizar a sustentação econômica de milhares de produtores rurais”, explica João Rodrigues.
Sobre a crise na rizicultura, o ministro Rossi garantiu que medidas estão sendo tomadas para que o preço do arroz seja satisfatório para os produtores. O secretário João Rodrigues ressalta que os benefícios para comercialização que Santa Catarina receberá serão proporcionais a produção do Estado. Apesar do preço mínimo estabelecido na Política de Preços
Mínimos do Governo Federal ser de R$ 25,80 por saca de 50 kg, os produtores estão recebendo apenas em torno de R$ 21,00 por saca. E os custos de produção, segundo dados dos órgãos representativos dos produtores estão em R$ 29,00/saca.
Santa Catarina produz mais de 1,1 milhão de toneladas de arroz,representando cerca de 9% da produção nacional. “São 10 mil produtores que cultivam 149 mil hectares e vivem dessa atividade. Nos municípios onde o arroz irrigado é cultivado, essa atividade representa a base da economia local”, afirmou o secretário.
ai/UNO