Chapecó – O sul do país é conhecido pela tradição em revelar bons jogadores de uma modalidade esportiva que cresce a cada dia no país: o poker. Em Santa Catarina, especialmente, talentos da modalidade surgem todos os anos e ganham destaque em competições e rankings mundiais. É o caso de Dalton Hobold, chapecoense que vem chamando a atenção no cenário nacional e internacional.
Recentemente, ele chegou à liderança do ranking mundial da Pocket Fives, o principal índice de classificação do poker online. Apesar de ter perdido a ponta do ranking recentemente para o sueco Simon Mattsson, Hobold ocupa a 2ª posição no momento, com 12.243 pontos obtidos em disputas virtuais do esporte da mente.
Com isso, ele se consolida como principal jogador do país atualmente no ranking. Quem chega mais perto é o paulista Pedro Padilha, 4º colocado na classificação global, com 11.622 pontos obtidos. Já o goiano Tauan Naves aparece na 6ª posição, com 10.854 pontos.
A trajetória de Hobold no poker
Dalton Hobold vem construindo uma sólida carreira no poker profissional, sobretudo no online. Desde 2013, quando obteve os primeiros retornos financeiros, o catarinense já faturou mais de US$ 7,5 milhões (mais de R$ 36 milhões na cotação de câmbio atual) em torneios e nos chamados cash games (ou simplesmente jogos a dinheiro).
O ano de 2022 tem sido mágico para o jogador de Chapecó, já que 6 das suas 8 maiores conquistas em dinheiro foram obtidas nesta temporada. Seu maior prêmio único foi de US$ 116 mil, em um torneio disputado em março. A segunda melhor premiação também veio neste ano: US$ 109 mil em uma competição em abril. Para se ter uma ideia, a média de ganhos financeiros por partida ou torneio do catarinense é de US$ 732
Em termos de títulos, Hobold ostenta uma galeria de 176 medalhas de ouros em torneios online, com mais 130 pratas e 108 bronzes, o que o coloca entre os melhores brasileiros quando o assunto é levantar taças no poker online, outro fator que contribui para uma boa colocação nos rankings.
Apesar de seu foco ser o poker online, Hobold também possui algumas conquistas no poker ao vivo, ou seja, aquele disputado em cassinos e clubes no Brasil e do mundo. Em 2017, por exemplo, o catarinense faturou pouco mais de R$ 11 mil na disputa do Brazilian Series of Poker, principal torneio do cenário nacional, que foi disputado em Foz do Iguaçu, no Paraná.
Outros catarinenses também brilham
Não é apenas Dalton Hobold que leva Santa Catarina aos mais altos patamares do poker mundial. É impossível citar o poker catarinense sem falar de Bruno Volkmann, um de seus maiores expoentes, que também já liderou o ranking mundial. Neste ano, ele tem feitos como o vice-campeonato do The Grand, torneio do partypoker considerado um dos mais tradicionais do mundo online.
Atualmente, o segundo catarinense mais bem colocado no ranking mundial é Fabiano Kovalski, de Florianópolis, que aparece na 22ª posição, sendo também o 10º melhor do Brasil, com 8.108 pontos obtidos de acordo com os critérios do Pocket Fives. Na sequência, aparece Kelvin Kerber, com 8.090 pontos, em 24º lugar na classificação mundial.
Além deles, mais três jogadores representantes do estado aparecem no top 100 mundial: Carlos Henrique Ferreira da Silva (38º), Gabriel Schroeder (52º) e Geraldo Cesar Neto (56º). Com 6 competidores entre os 100 melhores do planeta, Santa Catarina fica atrás apenas de São Paulo, que tem 10, e Paraná, com 8.
Vale lembrar que Santa Catarina também conta com um vencedor do principal torneio do mundo, o World Series of Poker. Em 2019, Murilo Figueiredo, de Penha, conquistou o título em Las Vegas e entrou para a seleta lista de brasileiros que já conquistaram o bracelete – como é chamado o “troféu” do WSOP.
Destacar Santa Catarina no cenário do poker é apenas um possível recorte do que a modalidade vem representando em todo o país. O Brasil domina o cenário online há algum tempo e é o recordista em número de competidores no top 100, com 45 representantes – ou seja, quase 50% dos competidores mais bem classificados a nível mundial.
