Joinville – O controle populacional do caramujo africano gigante é um dos assuntos pelos quais mais de 160 profissionais de saúde estarão sendo atualizados a partir desta segunda (14/2) até quinta-feira (18). O evento está sendo realizado no auditório da Secretaria Municipal de Saúde e tem como um dos objetivos a orientação sobre a coleta e o perigo oferecido pelo molusco. A capacitação promovida pela Vigilância Ambiental ainda envolve temas como a Zoonoses, Dengue e Leishmaniose.
O caramujo africano é o hospedeiro de dois tipos de vermes (angiostrongylos cantonensis e angiostrongytus costaricencis) que podem causar meningite eosinofílica (doença que atinge o sitema nervoso central) e perfurações no intestino. Ao completar cinco meses, o caramujo já pode se reproduzir e colocar 200 ovos a cada dois meses. O molusco se caracteriza por ter a concha bastante cônica, pela cor escura e pelo tamanho: atinge 15 centímetros de comprimento, oito centímetros de largura e o peso de mais de 200 gramas.
O agente de combate à dengue, Lucas Peres Farias, frisa que a responsabilidade pela coleta e pelo transporte do animal é do proprietário do terreno. “O caramujo deve ser coletado com as mãos protegidas por luvas ou sacolas e levado aos tonéis encontrados nas unidades de saúde ou nas Secretarias Regionais”, explica. A Ambiental é a empresa responsável por levar o molusco até o aterro sanitário onde ele será triturado.
Lucas ainda adverte que colocar sal ou veneno sobre o animal, ou queimá-lo são formas incorretas de combatê-lo: “Sal e veneno estragam o solo pelo fato de salinizá-lo e contaminá-lo e a queima é proibida, o que pode resultar numa multa de cinco a 10 UPM)”. O caramujo africano gigante prefere áreas úmidas e pode se instalar em hortaliças e pomares, contaminando as frutas e legumes e disseminando a doença.