Anvisa diz que passageiros do avião em que morreu adolescente serão monitorados

Brasília – O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Agenor Alvares, afirmou hoje (3) que não está descartada a hipótese de que a adolescente Jaqueline Ruas, que morreu ontem (2) num voo de volta dos Estados Unidos, estivesse infectada por influenza A (H1N1) – gripe suína.

Alvares explicou que o teste rápido realizado na jovem, ainda nos Estados Unidos, é considerado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) de eficácia de 50%.

“A própria Organização Pan-Americana da Saúde reconhece que 50% dos resultados do teste rápido são falsos”, disse.

Diante desse dado, o governo brasileiro vai manter em observação todas as pessoas que estavam a bordo do avião que trazia Jaqueline de volta de uma excursão à Disney World.

Alvares afirmou, ainda, que se a mesma situação ocorresse no Brasil, qualquer passageiro seria impedido de embarcar se apresentasse os sintomas da gripe suína. “Já orientamos várias pessoas a não embarcarem por apresentar sintomas de gripe.”

Segundo a empresa responsável pela excursão que levou a adolescente aos Estados Unidos, Tia Augusta Turismo, Jaqueline viajou para a cidade de Orlando, no estado da Flórida, no dia 19 de julho e passou mal, com sintomas de gripe e náuseas, no dia 30, quando foi encaminhada a um hospital da cidade.

O resultado dos exames a que foi submetida foi negativo para gripe suína e, com isso, a adolescente foi liberada para viajar de volta ao Brasil. Ela se sentiu mal durante o voo e chegou a ser atendida no avião por dois médicos, mas morreu antes do avião aterrissar.

No aeroporto de Guarulhos, o corpo da jovem foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da cidade, onde foi diagnosticada uma pneumonia.

Luciana Lima/ABr

Comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *