Supermercados podem deixar de vender carne da Amazônia para conter desmatamento

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A Associação Brasileira de Supermercados assinaram um termo de compromisso com a procuradoria da República contra a comercialização de carne bovina procedente de fazendas que desmataram a Amazônia ou adotaram outras práticas ilegais, como o trabalho escravo.

O principal objetivo do compromisso firmado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) é evitar que eles comprem carne bovina procedente de áreas que são desmatadas na Amazônia ou provenientes de fazendas com irregularidades ambientais ou sociais, como o uso de mão-de-obra escrava, informou a procuradoria.

A associação acredita que esta decisão vai ajudar a combater a utilização ilegal da floresta amazônica para o pasto.

A ONG ambientalista Greenpeace divulgou na ocasião um relatório, fruto de três anos de pesquisas, que denunciava que carne e couro procedentes de fazendas que desmataram ilegalmente conseguiam se infiltrar nas grandes processadoras do sul do Brasil e abastecer marcas mundiais de calçados, moda, carros e alimentos.

A destruição das florestas Amazônicas no último ano diminuiu significativamente, mas a apreensão ilegal de terras continua a ser um problema sério na região.

No final de janeiro, as autoridades brasileiras anunciaram planos para a compilação de um cadastro único de todas as espécies de árvores de florestas tropicais Amazônicas, que tem sido submetidas recentemente a um perigo crescente.

VOR/UNO