Na dúvida, não ultrapasse – diz o ditado popular. O mesmo se aplica aos momentos de retração econômica: a adoção de uma postura conservadora em relação às finanças é fundamental. "Gerenciar o orçamento familiar não é tarefa fácil, mas é imprescindível para quem tem planos para o futuro", destaca Haroldo Mota, professor da renomada Fundação Dom Cabral, com sede em Belo Horizonte.
Alguns aspectos, ensina o professor, são fundamentais para quem quer garantir a segurança da família: "Em primeiro lugar é preciso adotar um estilo de vida que se enquadre na renda familiar. Para isso, vale levantar todos os gastos mensais e organizá-los por ordem de prioridade para, então, verificar o que pode ser reduzido ou suprimido".
Mota explica que há dois tipos de gastos: os estratégicos – como alimentação, saúde e educação – e os correntes – como vestuário e lazer. "Quando cortamos os gastos estratégicos, mais cedo ou mais tarde pagamos um preço bem mais alto", comenta.
O superintendente de relações institucionais da administradora de planos de saúde Clube Aliança, Amilcar Quadrado Filho, lembra que ao suspender o contrato com a operadora de saúde ocorrem perdas significativas. "Ao buscar um novo contrato, será necessário cumprir novamente os períodos de carência, que podem chegar a 180 dias para internações e cirurgias e 300 dias para partos, por exemplo", esclarece. Esse será o menor problema caso um membro da família necessite de assistência de alta complexidade.
Em tempos de crise é sempre bom lembrar que as compras a prazo devem ser evitadas, já que consomem a renda que sequer foi ganha. Na matemática do orçamento familiar, a regra geral é comprometer, no máximo, 80% da renda; reservar 10% para gastos imprevistos; e poupar 10%. E, como sugestão, vale aprender a lição cantada por Roberto Frejat: "Eu desejo que você ganhe dinheiro, pois é preciso viver também. E que você diga a ele, pelo menos uma vez, quem é mesmo o dono de quem"…
Fonte: Assessoría de Imprensa