AVC antes dos 50 diminui expectativa de vida

No Brasil, Ministério da Saúde constatou aumento de 64% em internações relacionadas ao AVC em homens e 41% em mulheres, entre 15 e 34 anos. O ideal é prevenir o mal com mudanças de hábito, alerta médico do HCor.

Cerca de 10% dos AVC (acidente vascular cerebral) acometem pessoas antes dos 50 anos de idade, e a incidência do mal tem aumentado na última década.

Estudo publicado no Journal of the American Medical Association, apontou que as chances desses jovens morrerem 20 anos depois do incidente é maior. Para chegar ao resultado, pesquisadores da Universidade de Radboud, na Holanda, acompanharam por duas décadas 1.600 adultos, entre 18 e 50 anos.

O risco de morte foi de 25% para aqueles que tiveram um mini-AVC ou AIT (ataque isquêmico transitório, quando o fluxo sanguíneo para alguma parte do cérebro é interrompido durante um período de uma ou duas horas), 27% para aqueles que sofreram um acidente vascular isquêmico (há entupimento dos vasos que levam sangue ao cérebro) e 14% para os do tipo hemorrágico (quando os vasos de rompem). Ou seja, comparado com a expectativa de vida, a mortalidade após 20 anos aumentou de 2 a 4 vezes dependendo do tipo de derrame.

No Brasil, o quadro não é diferente: o AVC já matou 62 mil pessoas com menos de 45 anos, entre 2000 e 2010, segundo levantamento do Ministério da Saúde. Ainda de acordo com o órgão federal, entre 1998 e 2007, houve um crescimento de 64% nas internações por AVC (Acidente Vascular Cerebral), popularmente chamado de derrame, entre homens de 15 a 34 anos, e de 41% entre mulheres na mesma faixa etária.

O estudo internacional, de acordo com o cardiologista Leopoldo Piegas, reforça a importância da prevenção desse tipo de acidente vascular. “Existe a vida pós-AVC e suas consequências. É importante que os jovens façam check-ups anuais para evitar esse tipo de problema e adquira hábitos saudáveis de vida”, alerta.

Por trás do aumento da doença em jovens, além da melhoria no diagnóstico, estão os males da vida moderna, como a hipertensão, um dos fatores de risco mais importantes para o AVC. “Hoje os jovens não conservam um estilo de vida saudável. O sedentarismo, a obesidade, o tabagismo, o diabetes, e a hipertensão não controlada aumentam incidência da doença”, argumenta o Dr. Leopoldo.

Os sintomas do AVC, lembra o especialista, são variáveis, como alterações de fala, perda de visão e audição, dores de cabeça súbitas e intensas, alterações motoras (perda de movimento de membros), dificuldade de equilíbrio do corpo para caminhar ou se manter em pé e mudanças faciais. Como o tempo é crucial para o diagnóstico e melhor opção de tratamento, é importante procurar ajuda médica assim que possível.

ai/UNO

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