A Carteira do Autista em Jaraguá do Sul é uma ação que deveria ser copiada em todo o país
Jaraguá do Sul (Julho/2019) – Alunos da Apae e da AMA em Jaraguá do Sul receberam a Carteira de Identificação do Autista (CIA) em solenidade realizada na sala de reuniões do Gabinete nessa quarta-feira.
Instituída pela Lei Municipal 7.819/2018, publicada em 7 de dezembro do ano passado, a Carteira do Autista em Jaraguá do Sul é um documento comprobatório para os munícipes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA – Autismo).
A Carteira de Identificação do Autista pode ser requerida em Jaraguá do Sul por meio de formulário disponível no portal da prefeitura jaraguaense, com acesso na página da Secretaria de Assistência Social (https://www.jaraguadosul.sc.gov.br/social). Depois de preenchido, o formulário de requisição deve ser entregue na Apae ou AMA, caso o solicitante seja usuário desses serviços, ou no Cras que corresponde à abrangência do domicílio onde a pessoa com autismo reside.
DOCUMENTOS – Junto com o formulário é preciso entregar uma foto 3×4 recente e cópia simples de um documento de identidade oficial com foto da pessoa com TEA (RG, CNH ou equivalente) e CPF. Caso não possua documento com foto, serve cópia simples da Certidão de Nascimento. Também é necessário entregar cópia do relatório médico original referente ao TEA, cópia simples do comprovante de residência atual (seis meses), comprovando que o requerente mora em Jaraguá do Sul. Quando for o caso, apresentar cópia simples de documento de identidade oficial com foto (RG, CNH ou equivalente) e CPF do representante legal e cópia do documento comprovando ser o representante legal (procuração, tutela ou curatela).
A carteira do Autista em Jaraguá do Sul permite ao seu portador o acesso prioritário a todos os estabelecimentos públicos e privados, empresariais, comerciais, industriais, fabris, de serviços e similares, como: hotéis, cinemas, supermercados, bancos, farmácias, restaurantes, casas de espetáculos, clubes e shopping centers, entre outros.
O objetivo é assegurar que os autistas tenham seus direitos reconhecidos, pois esse transtorno não é facilmente identificado, sendo comum que estabelecimentos comerciais não estejam preparados para atendê-los por desconhecerem sua condição.
“Muito barulho, luz forte, movimento, muita gente e longo tempo de espera são situações que afetam os autistas; quando precisam enfrentar isso tudo ficam agitados repentinamente e as pessoas não entendem, acham que é ‘birra’ e que não podem ficar em filas preferenciais”, esclarece a secretária de Assistência Social, Maria Camello. “É importante que as pessoas entendam o transtorno para que eles consigam se comunicar melhor”, recomenda.
Jorge Luiz Cardoso Pedroso
Maria Santin Camello
UNOPress