Rio de Janeiro – França e Brasil vão trocar experiências e avanços em formação de recursos humanos a partir de hoje (6) até a próxima quarta-feira (8). O tema será debatido no 1º Encontro Franco-Brasileiro de Recursos Humanos e Formação Profissional, evento que se insere nas comemorações do Ano da França no Brasil.
Segundo a vice-presidente da Câmara de Comércio França Brasil (CCFB), Claudine Bichara, o objetivo do encontro é encontrar as soluções ideais para os problemais mais frequentes.
“E trabalharmos juntos perante o mesmo desafio que nós temos, que é a formação de profissionais de recursos humanos como um ingrediente principal e de base para o desenvolvimento econômico-social para qualquer país, para qualquer sociedade”, esclareceu.
O encontro é promovido em parceria pela CCFB, Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Agência Francesa para o Desenvolvimento Internacional e Missão Econômica da França no Rio.
Claudine Bichara acredita que, no evento, as discussões poderão abrir mercado para trabalhadores franceses no Brasil e brasileiros na França. Ela destacou que muitas empresas francesas estão interessadas no mercado brasileiro, enquanto empresas nacionais buscam cada vez mais se internacionalizar. “Essa aproximação e internacionalização das empresas passam sempre pela preparação profissional e formação de recursos humanos”.
Ela lembrou que as empresas, atualmente, demandam avanços nas áreas de inovação, pesquisa e tecnologia e esse movimento tem que ser acompanhado da capacitação dos recursos humanos. “Esse progresso está pedindo uma formação contínua dos quadros da própria empresa a níveis gerencial, técnico, tecnológico.”
O secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, enfatizou, na ocasião, a importância dos 15 Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) na formação de profissionais para o estado. “São exemplos de espaços de inclusão digital criados como política estratégica”, analisou Cardoso.
Segundo o secretário, o Rio de Janeiro “saiu na frente na ousadia da formação profissional. No encontro, podemos mostrar às empresas francesas que estamos preparados para fazer a revolução do ensino profissional e enfrentar o chamado “apagão da mão de obra”.
O nível de formação dos profissionais brasileiros, na área de engenharia, segundo o conselheiro econômico do Consulado da França no Rio de Janeiro, Henrique Fajol, é bastante elevado. Mas ele disse que os investidores franceses que atuam no Brasil não encontram pessoal com boa formação na área técnica, especialmente nos segmentos automotivo, aeronáutico e de petróleo e gás.
Para o vice-presidente da Firjan, Carlos Gross, é boa a expectativa sobre o evento. “Vem uma experiência internacional, aliada aos trabalhos que o Senai [Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial] já faz na área de treinamento para empresas francesas estabelecidas no Brasil e outras. Então, eu acho que é um crescimento na área da educação e formação profissional da maior importância”, afirmou.
Alana Gandra/ABr/UNO