Dar à luz bebês do sexo masculino é prejudicial para a saúde da mãe, segundo um novo estudo. É mais estressante e pode implicar uma redução na expectativa de vida.
Os cientistas já suspeitavam que optar por ter uma família numerosa podia reduzir a expectativa de vida dos pais, uma vez que a reprodução e as tarefas inerentes a tomar conta das crianças sobrepõe-se ao bem-estar dos pais. E teorizava-se ainda que os filhos do sexo masculino exigiam mais do que as meninas, por terem mais energia.
Neste novo estudo, os cientistas recorreram a dados demográficos da era pré-industrial na Finlândia e, independentemente da classe social, verificaram que as mães (mas não os pais) tinham uma esperança de vida menor.
Mas esta associação foi minimizada à medida que a maternidade começou a ser protelada, segundo a revista Biology Letters da Royal Society.
Estudos anteriores já haviam demonstrado que ter um filho do sexo masculino tem implicações na esperança de vida uma vez que, por norma, nascem com mais peso e implicam mais stresse para o organismo da mãe. Uma criança do sexo masculino também eleva os níveis de testosterona nas parturientes, o que pode envelhecer o sistema imunológico, tornando-o mais vulnerável a doenças.
Os filhos também precisam de mais cuidados após o nascimento. Ao invés disso, as filhas prolongam a vida das mães uma vez que ajudam nas tarefas domésticas e até contribuem no que toca a tomar conta dos irmãos mais novos.
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DG/UNO