São Joaquim – Os técnicos da Fatma– Fundação do Meio Ambiente iniciaram os estudos para a criação do Parque Estadual Serra do Rio do Rastro. A secretária de Estado de Desenvolvimento Regional em São Joaquim, Solange Scortegagna Pagani e o gerente de infraestrutura da SDR, Wilson da Rosa Cruz acompanharam nesta quinta-feira (7), o diretor de promoção de Ecossistemas da FATMA, Luiz Antônio Garcia Côrrea, e sua equipe, no primeiro levantamento de campo, em Bom Jardim da Serra.
O cronograma de trabalho foi apresentado no final da tarde de quarta-feira (6), durante reunião com o Procurador do Ministério Público da União, Nazareno Wolff, em Lages. A sugestão do procurador, grande incentivador da criação do Parque, é de que a área seja de proteção e preservação ambiental, mas que permita a exploração turística de forma integrada. Na ocasião, a coordenadora do grupo técnico da Fatma, Ana Cimardi, destacou que é importante levantar todas as informações e ter definidos e esclarecidos todos os pontos relacionados à criação do Parque, principalmente com relação à regularização fundiária. A proposta, segundo Ana, é realizar no primeiro momento um levantamento de todas as propriedades confrontantes.
Durante a visita em Bom Jardim da Serra, no topo da Serra do Rio do Rastro, os técnicos da Fatma fizeram o reconhecimento da área para poderem iniciar os trabalhos técnicos. Após a fase de levantamentos e estudos, deverá acontecer uma consulta pública, uma espécie de audiência com a população, para apresentar os dados obtidos e demonstrar as conseqüências da criação do Parque. Em seguida, será elaborado o Projeto de Lei e encaminhado à Assembléia Legislativa para a criação efetiva. “Nossa
intenção é estar com o parque criado até final de março de 2012”, informou Ana.
Os recursos para os estudos iniciais e projeto de criação do parque, cerca de R$ 5 milhões, serão provenientes das compensações ambientais devidas pela empresa IMPSA, resposável pela implantação das centrais geradoras de energia eólica na região. As compensações foram estabelecidas pela FATMA, através do CODAM Lages, quando foram emitidas as licenças ambientais para a empresa, em 2008, exigindo a aplicação de 1% do valor do empreendimento em um parque nacional ou unidade de conservação.
A secretária Regional, Solange Pagani destaca que a criação do Parque vai estimular o desenvolvimento turístico ordenado sustentável, “criando alternativas econômicas para a região, além de conservar a fauna e a flora, buscando o permanente equilíbrio ambiental”, disse. Dentre as ideias da iniciativa privada, como atração turística dentro do parque, está a construção de uma passarela de vidro no Mirante da Serra do Rio do Rastro, com projeção de 20 metros para dentro do penhasco, similar aquela que os índios americanos construíram no Grand Cânion, nos Estados Unidos. Outra sugestão é a criação de uma tirolesa com conotação de teleférico, de fluxo contínuo.