Índice da agência atingiu 231 pontos em janeiro, um aumento de 3,4% se comparado ao patamar de dezembro; no mês passado, especialistas alertaram sobre “nova crise alimentar”.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, informou que o preço dos alimentos registrou uma alta histórica em janeiro.
Segundo o Índice de Preços da agência, os consumidores estão gastando mais, do que pagavam em dezembro, para retirar o mesmo produto das prateleiras.
Razões
O índice, que mede a inflação mensal, chegou a 231 pontos no mês passado, 3,4% a mais se comparado ao patamar de dezembro.
A única diferença é o preço da carne que permaneceu inalterado. Segundo os economistas da FAO, uma das razões seria o escândalo de contaminação do alimento na Europa, o que foi compensado com uma leve subida do preço das exportações de carne do Brasil e dos Estados Unidos.
De acordo com a FAO, a tendência de alta deve permanecer pelos próximos meses. O quadro preocupa a agência, principalmente, com relação aos países de renda baixa que já têm um déficit alimentar. Em janeiro, a FAO alertou para uma possível nova crise dos alimentos, como a registrada em 2007 e 2008.
Países Exportadores
O índice da FAO para o preço dos cereais fechou em janeiro com uma média de 245 pontos, 3% a mais que em dezembro e o mais alto desde julho de 2008, no auge da crise alimentar mundial.
Segundo a agência, a subida dos preços se deve ao aumento do valor cobrado pelo trigo e milho, além da diminuição do fornecimento dos cereais. Já o preço do arroz caiu ao mesmo tempo que os países exportadores preparam suas safras.
As oleaginosas também subiram 5,6%, uma taxa semelhante à do açúcar. O índice dos derivados de leite aumentaram 6,2%, mas em patamar inferior da alta recorde registrada em 2007.
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Envolverde/Rádio ONU