Na estação seca, característica da capital brasileira, é fácil perceber o aumento de alergias e sintomas alérgicos na população – o que pode resultar em um crescimento de até 40% na incidência de doenças respiratórias.
De acordo com a especialista em Patologia Clínica, Dra. Flávia Segatto, do Exame Medicina Diagnóstica/DASA, diversos fatores podem explicar o quadro. “A diminuição da umidade do ar e o próprio frio podem funcionar como um irritante para as vias aéreas, além ainda da inversão térmica, que é responsável pelo acúmulo de poluentes na atmosfera”.
Além de fatores climáticos, que por vezes são determinantes no surgimento de doenças, existem ainda agentes desencadeantes chamados alérgenos. Quando indivíduos sensíveis entram em contato com esses agentes – ácaros, baratas, fungos, fumo e poluentes – a resposta alérgica é imediata. “É preciso atenção para que não só o clima contribua para o surgimento das alergias, mas também os alérgenos, que podem ser encontrados ainda quando em contato com animais, fungos e poeira domiciliar”, explica a Dra. Flávia.
Entre as alergias mais comuns, estão a asma, rinite, bronquite e sinusite. A asma se caracteriza pela presença de inflamação e obstrução reversível das vias aéreas e as principais manifestações clínicas são a tosse, falta de ar, dor, chiado ou aperto no peito. Já a rinossinusite alérgica, mais conhecida como rinite, é uma inflamação do nariz e estruturas adjacentes ocasionada pela exposição aos alérgenos caracterizada por espirros em salva, coriza, prurido nasal e congestão nasal. Tanto a asma quanto a rinite são doenças com determinação genética influenciada por fatores ambientais.
No Brasil, a asma frequentemente é confundida com a bronquite que consiste, em termos gerais, na inflamação dos brônquios, podendo ser ocasionada por infecções, agentes irritantes e alergia. Da mesma forma a sinusite é a inflamação dos seios da face apresentando diversos agentes infecciosos desencadeantes.
O que fazer para evitar alergias:
– Forre colchão e travesseiro com capa impermeável;
– Retire tapetes e carpetes da casa, principalmente do quarto do paciente;
– Limpe a mobília da casa com pano úmido com freqüência superior a uma vez por semana;
– Retire as cortinas substituindo-as por persianas que são facilmente limpas com pano úmido ou em caso de cortinas de tecido leve, lave-as a cada 15 dias no máximo;
– Mantenha sempre a casa arejada e ensolarada;
– Evite estofados recobertos com tecido;
– Os aspiradores de pó utilizados devem possuir filtro HEPA;
– Evite ter animais de pêlo como cão, gato e outros ou evite a presença dos mesmos dentro de casa ou no quarto do paciente;
– Não fume dentro de casa;
– Cobertores devem ser substituídos por edredons que possam ser lavados quinzenalmente;
– Evite, no quarto do paciente, objetos que acumulem poeira como livros, revistas, brinquedos de pelúcia, caixas e quadros;
– Evite cheiros fortes no domicílio como de tintas, solventes, inseticidas, produtos de limpeza, etc.
ai/UNO