Usuários de serviços do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) caminharam pela comunidade portando cartazes e proferindo gritos de conscientização
Criciúma – Os jovens brasileiros identificaram uma maneira de buscar a transformação de aspectos negativos da realidade através de mobilizações nas ruas. As manifestações recentes pelo país geram a curiosidade em quem começa a entender o mundo. As crianças e adolescentes do Centro de Referência em Assistência Social (Cras) do bairro Tereza Cristina conheceram um pouco mais sobre o contexto destes atos públicos e, na tarde desta quinta-feira (27), resolveram sair às ruas erguendo a bandeira da paz em caminhada pelas vias da comunidade.
A manifestação no bairro Tereza Cristina reverberou a mensagem através de cartazes e o grito de guerra “Paz no coração, harmonia em ação”, tudo idealizado pelos próprios usuários do CRAS. Participaram 40 crianças e adolescentes de 6 a 15 anos do serviço de convivência e fortalecimento de vínculos e alunos do Projovem entre 15 e 17 anos, acompanhados por oito facilitadores.
Os conceitos foram aplicados na atividade em alusão ao Dia Internacional de Combate às Drogas, lembrado nesta quarta-feira (27), quando os alunos confeccionaram os cartazes após palestra do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) da Polícia Militar. “Antes da passeata, explicamos que o país está passando por um movimento de manifestações e esclarecemos a importância destas mobilizações como um exercício da cidadania pela reivindicação de direitos”, conta a coordenadora do Cras Tereza Cristina, Patrícia Vedana.
A realidade circundada pela vulnerabilidade social na comunidade do bairro Tereza Cristina vem sendo combatida pelo Cras, por meio do fortalecimento de vínculos familiares. “Falamos de paz como o outro lado da moeda antagônico ao problema das drogas. As crianças escolheram o itinerário, para passarmos nos lugares de interesse delas. Assim elas se sentiram parte de tudo o que está acontecendo no mundo atualmente”, destaca a orientadora social do Cras, Simone Feltrin da Rosa.
Interagir o assunto das manifestações com o argumento local estimula, na avaliação de Simone, um dos objetivos do Cras. “Ensinando sobre a importância da cidadania, da luta pelos direitos, começamos a fazer com que a criança e o adolescente se sintam parte da comunidade. Queremos formar atores para o bairro, pessoas que cobrem uma sociedade mais justa e uma qualidade de vida melhor para o lugar onde vivem”, justifica.
João Pedro Alves
Foto: Divulgação
UNOPress