Piçarras – Retorna hoje de Brasília a comitiva de Balneário Piçarras liderada pelo prefeito Umberto Teixeira que esteve em Brasília desde terça-feira (14) em busca de recursos para, entre outras obras, realizar um novo aterro hidráulico na orla central da praia. A forte ressaca que atingiu o litoral catarinense nos últimos dias causou danos em parte do calçadão da Avenida José Temístocles de Macedo.
Na capital federal, o prefeito, acompanhado pelo presidente da Câmara Municipal Oscar Pedroso e pelo vereador licenciado, Antônio João Pêra, visitou os gabinetes do deputado Mauro Mariani e dos senadores Luiz Henrique da Silveira e Cassildo Maldaner. Eles pedem apoio aos parlamentares catarinenses na Câmara e no Senado para a liberação de R$10,1 milhões a serem investidos na recuperação da praia.
– Já havíamos protocolado outros três pedidos em 2009 e no ano passado. Agora, estamos contando com o apoio de nossos parlamentares para mais uma vez recuperarmos a nossa praia, que é base de sustentação da nossa economia – revela o prefeito.
Secretaria de Obras realiza obra emergencial
Enquanto a comitiva piçarrense atua em Brasília, os funcionários da Secretaria de Obras, Serviços Urbanos e Rurais (Semur) trabalham desde o início da semana para evitar que a erosão causada pela última ressaca ameace a estrutura viária no local. Na madrugada de terça-feira, dia 15, a força da maré comprometeu parte do calçadão no centro da praia.
Para evitar mais prejuízos, Secretaria de Obras realiza obra emergencial
O secretário de obras Rubens Batista Pereira calcula que cerca de mil metros cúbicos de areia devam ser depositados emergencialmente no trecho mais atingido com a finalidade de proteger as estruturas da calçada e da rua. O material, retirado nas obras de drenagem do Rio Piçarras, está sendo depositado no local por cinco caminhões que trabalham com auxílio de uma escavadeira hidráulica e uma retroescavadeira.
– É uma obra emergencial, para evitar mais prejuízos. Estamos isolando a área e pedimos para que as pessoas não transitem nesse trecho, pois há maquinário circulando o tempo todo e risco de desmoronamento – alerta Pereira.
Obra depende de recursos federais
O avanço do mar sobre a orla central vem preocupando a comunidade, que já vivenciou, na década de 90, os efeitos devastadores das ressacas. O fenômeno voltou a causar prejuízos em setembro de 2009, um ano depois que uma obra de manutenção foi executada. O Governo Municipal busca desde então recursos federais para executar um novo aterro hidráulico. Em 2010, mais duas propostas foram protocoladas em dois programas diferentes do Fundo Nacional da Defesa Civil.
Um novo pedido, de R$10,1 milhões foi protocolado dia 13 do mês passado. O projeto prevê a realização do aterro e a construção de dois molhes para contensão da corrente marítima, que devem garantir mais estabilidade para a praia.
De Brasília, onde pleiteia a liberação dos recursos, o prefeito Umberto Teixeira fala das dificuldades para realizar a obra:
– Não contamos mais com o Fundo de Manutenção da Praia, o Fumpra, pois este dinheiro foi aplicado em 2008 numa obra mal dimensionada que não garantiu estabilidade sequer por dois anos.
A cidade está em estado de emergência desde setembro do ano passado, quando a força do mar levou consigo o posto guarda vidas que existia no mesmo ponto atingido pela ressaca durante a madrugada desta terça-feira. Em janeiro deste ano, o estado de emergência foi prorrogado depois de outra investida do mar comprometer a faixa de areia da orla central.