O governo federal lança hoje (18) uma campanha nacional para combater o abuso e a exploração sexual contra crianças e adolescentes. Com o slogan “Faça Bonito – Proteja nossas Crianças e Adolescentes”, a campanha é uma das atividades que marcam o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
“A campanha do 18 de Maio de 2009 tem o objetivo de mobilizar a sociedade para enfrentar o problema e traz como símbolo uma flor, que representa o cuidado que temos que ter com nossas crianças e adolescentes para que não sejam vítimas da violência sexual. Essa tem que ser uma missão de todos, por isso um símbolo que toda sociedade pode adotar”, explica Leila Paiva, coordenadora do Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.
A cidade de Recife foi escolhida para concentrar as atividades de mobilização, com projeção de filmes e iniciativas lideradas por jovens. Nesta edição da campanha também será distribuída uma cartilha de orientação na prevenção do abuso e da exploração sexual.
Cada capital contará com uma programação local específica, mas as atividades pelo país incluem a projeção do filme Cinderelas, Lobos e um Príncipe Encantado, de Joel Zito Araújo, com exibições em sete capitais (Recife, Brasília, Fortaleza, Salvador, Belém, Belo Horizonte e Porto Alegre) durante a semana de 18 a 24 de maio.
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, instituído por lei em 2000, visa acabar com a impunidade em relação à violência sexual no Brasil e impulsionar a implementação do Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.
“A intenção é encorajar as pessoas a denunciar e revelar situações desse tipo de violência, incentivando ações e políticas públicas para combater a impunidade, proteger as vítimas e impedir que mais casos aconteçam”, afirma Leila Paiva.
A data foi escolhida porque em 18 de maio de 1973, em Vitória (ES), um crime bárbaro chocou todo o país e ficou conhecido como o “Crime Araceli”. Esse era o nome de uma menina de apenas oito anos de idade que foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada por jovens de classe média alta daquela cidade. Apesar de sua natureza hedionda, o crime prescreveu e acabou ficando impune.
A partir de 2003 a mobilização do 18 de Maio passou a ser coordenada conjuntamente pelo Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e o governo federal por meio da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República , contando com a parceria da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Congresso Nacional.
Outros parceiros incluem a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, USAID, CNT/SEST/SENAT, CONANDA, UNICEF, OIT, WCF, além do UNFPA, Fundo de População das Nações Unidas.
ai/UNO