Catarinenses fazem considerações sobre sobre participação na COP 16 no México

Cancun – Termina nesta sexta-feira (10), no México, a Conferência da Organização das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP 16) e a delegação catarinense retorna para o Estado após dez dias de participação em palestras, conferências, entre outras atividades apresentadas no evento.

O diretor de Mudanças Climáticas de Santa Catarina, Guilherme Dallacosta, informa que é certo que não existe mais volta nas políticas para
diminuição das emissões de gases de efeito estufa (GEE) em Santa Catarina, Brasil e no Mundo. Segundo ele, enfrentar as mudanças do clima é uma questão estratégica, pois elas representam um novo padrão econômico baseado numa economia de baixo carbono. “Daqui um tempo o mundo vai exigir das empresas o número de emissões geradas para a produção dos produtos”, disse. “É importante trabalhar a educação em mudança climática. Isso se deve ao fato de mais de 2 bilhões de pessoas no mundo ainda desconhecerem este tema”, acrescenta.

A secretária-executiva do Fórum Catarinense de Mudanças Climáticas Globais, Cristina Gerber João, lembra que, desta vez, o Estado de Santa Catarina veio para a COP com mais técnicos, deu uma exposição para o trabalho, realizou contatos, costurou futuros contratos. “Essa COP foi vitoriosa para nós, deixou nosso trabalho na vitrine, o Fórum foi fortalecido”, avaliou, lembrando da participação catarinense no ciclo de palestras do Espaço Brasil, onde houve uma intensa agenda de exposições de cases de sustentabilidade, ações das indústrias brasileiras para diminuir emissão de carbono, governos apresentaram suas políticas na área de mudanças climáticas.

Técnicos catarinenses apresentaram palestras falaram sobre sobre o histórico dos eventos extremos ocorridos no Estado e postura de politicas, investimentos em projetos técnico-científicos, sobre o Fórum Catarinense de Mudanças Climáticas e as políticas públicas do governo área de mudanças climáticas.

Cristina cita, ainda, como uma meta estratégica: o Estado ter uma representação no Fundo do Clima, o qual tem uma previsão de R$ 226 milhões incluídos no orçamento da União, segundo a ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou nesta COP 16. O Fundo recebe recursos advindos da exploração de petróleo Pré-sal no Brasil. Cristina reforçou também a importância da realização de um inventário de emissões para Santa Catarina, o que dá ao Estado a possibilidade de realizar um plano de mudanças climáticas. “Para fazer um inventário será preciso a articulação com diversas instituições públicas e iniciativa privada. Este vai nos apresentar uma fotografia das emissões, das oportunidades de MDL (Mecanismos de Desenvolvimento Limpo), projetos alternativos. Sabendo das emissões em cada setor, se pode saber o tipo de política a ser aplicada”, finaliza.

A COP é uma conferência anual da Organização das Nações Unidades (ONU), onde os países se reunem para traçar um acordo global e definir o que será feito para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, principalmente agora, quando termina o primeiro período de compromisso do Protocolo de Kyoto, em 2012. Paralelamente, organizações, países, apresentam em palestras suas ações positivas, necessidades, problemáticas, entre outros, em relação às mudanças climáticas e suas diversas faces. A próxima conferência será em 2011, em Durban, na África do Sul.

ai/UNO

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