Barra Velha – O prefeito Samir Mattar (PMDB) e sua equipe de governo recebem amanhã a visita da senadora Ideli Salvatti (PT) para tratar de assuntos de grande interesse do município na esfera federal – o ponto principal da reunião, que acontecerá no plenário Getulio Bittencourt, da Câmara de Vereadores local, será a reivindicação de apoio à cidade por parte do Governo Federal, visando a retomada das obras da fixação e desassoreamento da boca-da-barra do rio Itapocu, paradas desde o final do ano passado.
A reunião acontece às 16h, e segundo o prefeito Samir, é importante a participação de lideranças e de segmentos diversos da sociedade. No último dia 5 de maio, terça-feira, Samir encontrou-se com o ex-deputado estadual e atual assessor parlamentar Dionei Walter da Silva, que atua no gabinete de Ideli.
O prefeito, juntamente com lideranças do Partido dos Trabalhadores de Barra Velha, a atuação da senadora será de vital importância para esclarecer a situação atual da obra, inviabilizada desde que o município, na gestão passada, compromete-se em arcar com 45% do valor total dos molhes de pedras da barra, recurso que a cidade comprovadamente não tem.
Samir pretende reforçar prazos para a retomada dos trabalhos, mostrando à Ideli a importância desta retomada dos serviços. O prefeito e sua equipe também vão tratar de reivindicar recursos para construção do Mercado Público Municipal de Barra Velha e do projeto de revitalização da Praia Central, entre outros temas. “Nossa expectativa é grande”, adianta Mattar.
Impasse federal
A obra de abertura, desassoreamento e fixação da foz do rio Itapocu, na Boca da Barra, em Barra Velha, está parada desde o final de 2008 e diante de um impasse. Segundo a Coordenação de Análise de Projetos do Departamento de Obras Hídricas do Ministério da Integração Nacional, para a retomada dos serviços, paralisados desde as cheias de novembro do ano passado, é necessária a execução integral da construção do molhe de pedras do lado de Araquari (molhe nordeste).
O impasse está no fato de que a Prefeitura de Barra Velha, na gestão passada, autorizou gastos que extrapolaram o valor inicial liberado para a obra. Orçada num valor total de R$ 4 milhões e 500 mil reais, a fixação da Boca da Barra teve R$ 582 mil liberados numa primeira etapa de serviços – recursos que foram pagos às duas empresas contratadas para a construção do molhe e transporte de pedras. Estes R$ 582 mil não só foram liberados e pagos, mas a dívida com as empresas já estava em R$ 980 mil acima do valor estabelecido no primeiro repasse.
A administração anterior, segundo informações do próprio Ministério da Integração, se comprometeu em fazer com que Barra Velha arcasse com 45% do total de pedras usado no molhe nordeste, o que, na visão da atual administração, é uma contrapartida de R$ 2 milhões, “pesada demais” para a Prefeitura. Samir quer “desenrolar esse nó” e obter apoio federal para não perder prazos e contratos como o de dragagem, já alinhavados.
Juvan Neto
ai/UNO