Porto Belo – Artefatos e documentos históricos integram novo espaço de visitação. O mini museu é a mais nova atração da Ilha de Porto Belo nesta temporada. O espaço foi aberto ao público essa semana e chama a atenção pela riqueza de artefatos e documentos históricos que ilustram parte da trajetória dos mais de 200 anos de ocupação da ilha ao longo do tempo.
O visitante pode, por exemplo, contemplar a cópia do documento original de lançamento das terras da ilha, no livro de Registro de Terras, em 21 de abril de 1856, feito pelo então proprietário, João da Cunha Bittencurt. Ou ainda, uma cópia de mapa manuscrito de 1777, arquivado na Fundação Biblioteca Nacional, sob o registro de “Plano verdadeiro da Enseada das Garoupas", com o detalhe de que na época, a ilha já era ocupada pelo Alferez José Francisco Rebello que a vendeu, em 1813, para o Sargento Manoel Duarte da Silveira.
Mas, não é só isso. Podem ser vistos ainda ossos de baleia, remanescentes de uma das principais atividades econômicas da região, séculos atrás, que são eventualmente encontrados em alguns pontos da ilha, após fortes ressacas da maré. Uma telha colonial de barro, moldada nas coxas dos escravos, há mais de 200 anos também está em exposição. A peça foi encontrada nas ruínas da “Praia do Tanque” onde funcionava a armação baleeira clandestina e, onde teria sido construída a casa de João da Cunha Bittencurt, um dos ocupantes da ilha no século 19.
Outros registros históricos e vários utensílios e artefatos ligados à trajetória da ilha e à vida no mar integram o acervo do Espaço Histórico Ilha de Porto Belo, localizado abaixo do Ecomuseu Univali, na Ilha de Porto Belo. A entrada é franca e a visitação pode ser feita das 09h às 17h.
por Janaína Venturelli
